O deputado federal Túlio Gadelha anunciou, neste domingo (19), em suas redes sociais, sua filiação à Rede Sustentabilidade. Com isso, ele deixa o PDT, partido em que se envolveu em um mal-estar ainda nas eleições de 2020, no estado em que foi eleito, Pernambuco. Mais cedo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já havia anunciado a chegada do deputado à sigla, com boas vindas em um evento no Recife, neste sábado. O senador disse receber “com entusiasmo esse cabra que não teme uma luta”.
“’Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço…’ no ritmo do frevo, de Alceu Valença, dou boas vindas ao querido amigo deputado Túlio Gadelha, agora filiado a Rede Sustentabilidade. Eu e Heloisa Helena recebemos com entusiasmo esse cabra que não teme uma luta. Estamos juntos!”, escreveu Randolfe, que citou a ex-senadora Heloísa Helena, hoje em cargo correspondente ao de presidente do partido.
Em publicação mais discreta em seu perfil no Twitter, ainda no sábado segundo o jornal O Globo, Gadelha foi sucinto e fez um trocadilho com o nome da sigla. “Hoje a rede vai balançar!”, anunciou. Neste domingo, porém, o deputado já havia atualizado seu perfil no Instagram com sua filiação à Rede. Em uma das publicações, agradeceu a receptividade do partido “com acolhimento, respeito e alegria”.
“Todos com muita esperança em construir futuro, de preferência, sem Bolsonaro”, completou o parlamentar.
No post seguinte, ressaltou a presença da fundadora do partido, a ex-ministra e ex-candidata à Presidência Marina Silva, no evento de filiação.
“E ela estava lá, conosco. Nossa Marina Silva participou e acompanhou do começo ao fim. Em 2022 a Rede Sustentabilidade elegerá deputados em Pernambuco. O time está sendo montado. Gente preparada e comprometida com as pessoas mais vulneráveis e com a vida do nosso planeta. Sigamos!”, projetou Gadelha.
Desfecho para mal-estar no PDT
De saída do PDT, Gadelha foi protagonista segundo o jornal O Globo de crise no partido, especialmente em seu diretório em Pernambuco, ainda na corrida pelas eleições de 2020. Sua intenção era ser o candidato pedetista em Recife, mas ele foi vetado pela direção nacional da sigla. A escolha do PDT foi apoiar a campanha de João Campos (PSB), hoje prefeito da capital pernambucana. O deputado federal, porém, preferiu se colocar ao lado da à época candidata Marília Arraes (PT) e acusou a “coordenação da campanha do PSB” de negociar para que ele não mais se manifestasse sobre o pleito.