Só se falou em Nubank. A fintech brasileira estreou na bolsa americana na semana passada em grande estilo. Na prática, passou o preço de mercado do Itaú Unibanco e se tornou a instituição financeira mais valiosa da América Latina. Valor? Não exatamente. Preço e valor são conceitos distintos na economia. O Nubank se tornou o banco de maior precificação da América Latina.
Ao ser precificado na montanha dos US$ 40 bilhões para mais, o Nubank deixou a casinha do unicórnio – instituições nascidas digitalmente e que valem pelo menos US$ 1 bilhão. Ela entrou num clube mais seleto: o dos decacórnios. Startups que estreiam já valendo dezenas de bilhões de dólares. Um clube com sócios como Space X, do bilionário dono da Tesla, Elon Musk, ou a Epic Games.
De acordo om o site Visual Capitalist, existem hoje no mundo pelo menos 800 startups que atingiram a linha de corte de unicórnios. Já os decacórnios precisam bater em US$ 10 bilhões para mais. Na última lista levantada por eles, em dezembro deste ano existem empresas nessa categoria. Veja o ranking:
EMPRESA PAÍS VALOR (em US$ bilhões) Área
- Bytedance China 140 I.A.
- SpaceX EUA 100 Espacial
- Listra EUA 95 Fintech
- Klarna Suécia 45 Fintech
- Canva Austrália 40 Software
- Nubank Brasil 40 Fintech
- Instacart EUA 39 Logística
- Databricks EUA 38 Dados
- Revolut Reino Unido 33 Fintech
- Epic Games EUA 28 Games
Bytedance, por exemplo, é a empresa por trás da plataforma de rede de vídeo Douyin. OK, vamos traduzir: a versão internacional do Douyin é o gigante internacional TikTok. Claro que alguns segmentos predominam, como fintechs – além do Nubank, há outras três no top 10. Mas há fenômenos na área do design, como a australiana Canva. Independentemente do segmento, uma resposta é comum a todas essas companhias: elas inovaram sem criar algo necessariamente do zero, algo novo. Elas inovaram ao fazer algo de uma maneira que nunca ninguém havia feito.