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quarta-feira 8 de dezembro de 2021 às 07:55h

Lula, Moro e Ciro elevam teto de votos e reduzem rejeição

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A quarta rodada da pesquisa DATATEMPO, entre 26 de novembro e 1º de dezembro, revela uma queda na rejeição dos mineiros a Lula (PT), Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), ao mesmo tempo em que o teto de votação deles aumentou na casa dos dois dígitos na comparação com a primeira pesquisa, de julho. A possibilidade de voto em Bolsonaro também oscilou positivamente, mas sem ultrapassar a margem de erro. Em julho, 32,9% dos entrevistados votariam ou poderiam votar nele. Agora, são 35%. Os que não votariam eram 63,2% e agora são 60,7% – variação está no limite da margem de erro de 2,62 pontos percentuais.

Lula viu seu teto subir 11,2 pontos, e a rejeição cair 10,3. Moro teve movimento semelhante. Com 42,5% que votariam ou poderiam votar nele, Moro tem, inclusive, potencial de votos superior ao de Bolsonaro. E rejeição menor. A melhora no desempenho do ex-juiz coincide com a filiação dele ao Podemos e também com a visita a Minas dias antes do início da coleta de dados da pesquisa.

A maior reversão aconteceu com Ciro, com a rejeição caindo 14,2 pontos, e potencial de votos subindo 17,9. “Algumas candidaturas se tornaram mais visíveis ao público, e suas ideias passam a ser mais conhecidas”, explica a cientista política e coordenadora do DATATEMPO, Audrey Dias.

Estável

Já quando o assunto são as intenções de voto concretas, o cenário não sofreu alterações significativas desde a terceira rodada da pesquisa, em outubro. Lula segue na liderança com 38% dos votos, seguido de Bolsonaro com 21,7%. Moro é o terceiro, com 6,9%. Ele teve o maior aumento de uma rodada para outra desde julho, 1,8 ponto, mas ainda na margem de erro. O único do pelotão da frente que cresceu acima da margem, ainda que ligeiramente, foi Ciro – de 3,6% para 5,3%. Os três candidatos venceriam Bolsonaro no segundo turno.

“Alterações nesses resultados dependem de fatores contextuais, como alguma intervenção positiva ou negativa, alguma política, aumento e queda de preços, além da exposição pública em entrevistas, visitas”, diz Audrey.

Mais pobres votam em Lula, e mais velhos, em Bolsonaro

O DATATEMPO realizou um cruzamento de dados com o perfil do entrevistado, buscando um perfil mais claro dos eleitores de cada candidatos. No caso de Bolsonaro, há uma tendência maior de os mais velhos escolherem o presidente: maiores de 60 anos têm 157% mais chances de votar nele que os eleitores entre 16 e 24 anos. O índice é de 108% na faixa dos 35 a 44 anos e de 105% entre os eleitores de 45 a 59 anos.

Já em relação a Lula, ocorre o inverso: ter mais de 60 anos diminui em 31% as chances de um eleitor votar nele na comparação com a faixa de 16 a 24 anos. Em outro recorte, as chances de um eleitor votar no petista diminuem conforme a renda aumenta: pessoas com renda de dois a cinco salários têm 31% menos chance de votar em Lula que quem recebe até dois salários; este índice chega a 48% entre quem tem renda de cinco a dez salários e chega ao ápice entre quem tem renda acima de dez salários, com 49%, sempre na comparação com a faixa de renda até dois salários.

Dados

A pesquisa DATATEMPO realizou 1.404 entrevistas em todas as regiões do Estado entre os dias 26 de novembro e 1 de dezembro. A margem de erro é de 2,62 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Por causa de arredondamentos, as somas podem ser maiores ou menores que 100%.

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