Em uma conversa com Lu Alckmin, sua mulher, há cerca de dois meses, Geraldo Alckmin esclarecia segundo o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no O Globo, a dúvida dela sobre as chances de Lula vencer as eleições em 2022.
Pausadamente, descrevia à mulher qual era o eleitorado do petista. Contava que empregados, trabalhadores que ganham até R$ 1 mil e que estão sofrendo com a alta da inflação seriam os prováveis votos no petista.
A conversa com Lu, relatada por Alckmin a interlocutores, foi rapidamente interpretada pelos aliados como uma avaliação de que o tucano já analisava o cenário de uma eventual dobradinha com o petista.
Dois meses depois, ao ver as notícias de que Lula e Alckmin poderiam formar chapa, um desses interlocutores voltou a procurar o ex-governador. Queria entender melhor o relato que ouvira lá atrás.
Ao ser perguntado sobre a chapa Lula-Alckmin, o tucano respondeu (sempre) pausadamente: “Estamos refletindo”. A resposta soou como um avanço ao interlocutor. Alckmin é conhecido como uma pessoa que não revela suas estratégias. Nesse caso, esperava-se uma negativa para não esticar o assunto.
No próprio PT, porém, a possibilidade de tal chapa virar realidade é sempre dada como remota. Aliás, no meio político como um todo a impressão é a mesma. Mas sabemos como é feita a política, arranjos e acertos são fechados diariamente, por isso, na política o inteligente mesmo é ser burro!