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sábado 20 de novembro de 2021 às 14:52h

Vacina nasal contra Alzheimer começa a ser testada em humanos

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Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisou como o Alzheimer progride no cérebro utilizando, pela primeira vez, dados de seres humanos segundo a revista Galileu. Ao contrário do que sugeriam estudos com cobaias, os acúmulos de proteína ligados à doença não provocam uma “reação em cadeia”: eles afetam várias áreas cerebrais de modo precoce.

A descoberta está em uma nova pesquisa, publicada na revista Science Advances na última sexta-feira (29). O estudo aponta que a rapidez com que o Alzheimer mata as células também afeta a velocidade do avanço do quadro. O “extermínio” dessas estruturas ocorre por meio da produção de placas das proteínas tau e beta-amiloide, que se acumulam causando também perda de memória, alterações de personalidade e dificuldade em funções diárias.

Para rastrear a agregação da proteína tau, os cientistas analisaram amostras de cérebro de pessoas mortas com Alzheimer e também realizaram tomografias em pacientes vivos que tinham de deficiência cognitiva leve a quadros mais avançados do distúrbio. Depois, eles combinaram cinco bases de dados diferentes em um mesmo modelo matemático.

Assim, a equipe percebeu que a progressão da doença depende da replicação desses agrupamentos proteicos em regiões individuais do cérebro ao longo de anos. Portanto, isso não acontece de uma área para outra “em cadeia”.

A replicação das placas de tau é lenta e demora até cinco anos, segundo estimam os cientistas. “Os neurônios são surpreendentemente bons em impedir a formação de acúmulos, mas precisamos encontrar maneiras de torná-los ainda melhores se quisermos desenvolver um tratamento eficaz”, reforça David Klenerman, coautor da pesquisa, em comunicado.

Os pesquisadores esperam que seus achados possam ajudar a desenvolver tratamentos contra a enfermidade, que afeta cerca de 44 milhões de pessoas em todo o mundo. E eles acreditam ainda que os resultados possam ser aplicados a outras doenças neurodegenerativas, como Parkinson, demência frontotemporal e até traumatismo craniano.

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