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segunda-feira 15 de novembro de 2021 às 17:32h

Xi e Biden fazem cúpula virtual em meio a tensão e com expectativas moderadas

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo da China, Xi Jinping, reúnem-se em uma cúpula virtual, nesta segunda-feira (15), destinada a acalmar as tensões acumuladas sobre a questão de Taiwan e outros temas quentes, embora não se espere grandes resultados.

Os dois presidentes conversaram longamente por telefone duas vezes desde a posse de Biden em janeiro. Dada a recusa de Xi em viajar para o exterior devido à pandemia, optou-se por uma reunião online para manter conversas diretas.

Os assessores de Biden apresentam a cúpula como uma oportunidade para tentar evitar uma escalada das tensões, especialmente em relação a Taiwan, uma democracia autônoma que a China considera uma província turbulenta.

“Sabemos que, como líder global responsável, é importante manter os canais de comunicação abertos”, disse um alto funcionário do governo dos Estados Unidos a jornalistas, observando que a “competição” entre as duas potências não deve levar a um “conflito”.

A reunião acontecerá nesta segunda-feira às 19h, horário de Washington, e as 8h45 da terça-feira, em Pequim, e deve durar várias horas. Além dos presidentes e seus intérpretes, a fonte não especificou quem exatamente compareceria.

O encontro acontece depois de Biden criticar a ausência de Xi Jinping em importantes reuniões internacionais e em um momento em que o presidente chinês fortalece seu controle sobre o regime.

As relações entre as duas potências entraram em colapso durante a presidência de Donald Trump (2017-2021), que lançou uma guerra comercial contra a China enquanto criticava Pequim pela pandemia.

Biden reformulou o confronto de forma mais ampla, em uma luta entre democracia e autocracia, e embora seu tom seja mais comedido que o de Trump, a relação entre Washington e Pequim continua tensa por questões como Taiwan, direitos humanos e comércio.

Grandes tensões

Atualmente, o destino de Taiwan é o que gera mais tensão, dada a intensificação das atividades militares chinesas com um número recorde de incursões na zona de defesa aérea da ilha.

A tensão ficou evidente no fim de semana, quando o secretário de Estado Antony Blinken e seu homólogo chinês Wang Yi tiveram uma conversa agitada.

Blinken expressou “preocupação com a contínua pressão militar, diplomática e econômica de Pequim” sobre Taipei, enquanto Wang alertou contra qualquer ação dos EUA que pudesse ser interpretada como apoio à “independência de Taiwan”.

Pequim colocou nesta segunda-feira a responsabilidade de melhorar as relações sobre os ombros de Biden.

“Esperamos que os Estados Unidos trabalhem na mesma direção que a China para um bom entendimento”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, a jornalistas.

No entanto, o funcionário dos EUA disse que Biden “será muito direto e franco nas questões que nos preocupam”, aludindo ao “comportamento coercitivo e provocador da China em relação a Taiwan”, bem como ao que Washington considera violações dos direitos humanos e práticas comerciais agressivas pela China.

Mas destacou que há espaço para cooperação em várias áreas, como as mudanças climáticas.

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