As atividades online nas escolas durante a pandemia ajudaram a quebrar resistências e o sistema híbrido deve ganhar força nos próximos anos. Os educadores destacam que, sem as aulas remotas, as diferenças de aprendizado seriam ainda maiores. Os docentes e os alunos tiveram de se adaptar e um dos desafios foi o acesso à internet. Em audiência no Senado, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Mauro Rabelo, ressaltou que o ensino híbrido já é realidade. “Às vezes a gente acha que o ensino híbrido é um momento remoto, separado do momento presencial, mas isso pode acontecer dentro do espaço da sala de aula presencial. Ali está acontecendo atividades remotas, atividades compartilhadas com o próprio grupo que está presente ou, eventualmente, com alguém que está acompanhando de fora. E tudo isso sendo coordenado pelo professor. Esse vai ser o grande aprendizado dos nossos docentes, ou seja, quais vão ser os papéis que os professores vão exercer daqui para frente”, aponta Rabelo.
Para o secretário do MEC, o processo de aprendizagem precisa ser acelerado nos próximos anos. A ex-diretora de educação do Banco Mundial Claudia Costin ressalta que a pasta tem de pensar em reestruturar o setor. “O MEC, em especial a Secretaria de Educação Básica, vem se estruturando para responder às urgências, e também ao processo de reconstrução da educação, para a gente não voltar a 2019. Nós queremos voltar melhores que 2019 no processo de transformação da Educação”, afirma Claudia. “A educação infantil é a época, por excelência, de maior potência em nivelar as diferenças de origens socio-econômicas no desempenho escolar futuro”, acrescenta a ex-diretora de educação sobre a reestruturação. Claudia Costin reitera que os professores aprenderam com as adversidades impostas pela pandemia. De acordo com os educadores, a tecnologia 5G será fundamental para a educação nos próximos anos.