Eduardo Cunha tem dito a interlocutores que apostará numa campanha online para se eleger deputado federal por São Paulo em 2022. Durante um almoço que teve na última vez que visitou a capital paulista, Cunha citou casos de personagens folclóricos que obtiveram votações expressivas em 2018 graças às redes sociais. Um dos exemplos que ele mencionou foi o de Joice Hasselmann, hoje no PSDB.
O ex-presidente da Câmara acredita que a fórmula também poderá funcionar para ele. Para isso, Cunha explorará na campanha o protagonismo que exerceu no processo de impeachment sofrido por Dilma Rousseff.
Para ser candidato, Cunha terá de reaver os direitos políticos na Justiça. Ele está impedido de disputar eleições até 2026 por ter sido cassado pela Câmara dos Deputados em setembro de 2016.
Cunha já escolheu Jair Bolsonaro como o candidato à Presidência que apoiará caso seja autorizado a concorrer à Câmara. O ex-deputado afirma que uma terceira via não será capaz de furar a polarização entre Bolsonaro e Lula.
Em relação à candidatura do petista, Cunha declara que Lula não foi capaz de criar nenhum fato novo até agora. Ele avalia que os anúncios do PT de que Lula conversará com empresários e evangélicos só serviram para pautar a imprensa e não tiveram força para mover peças no tabuleiro político.
Cunha não pretende sair candidato pelo MDB. Ele diz ter recebido convites de filiação de cinco partidos.