O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, filiou-se nesta quarta-feira (27) ao PSD de Gilberto Kassab. Ele deve ser um concorrente da terceira via nas eleições presidenciais do ano que vem.
Leia abaixo a íntegra do discurso divulgada pela assessoria de imprensa de Pacheco:
Saudação aos presentes:
Bom dia a todos.
É com muita alegria que eu estou aqui hoje, dando um passo importante para a minha vida na política, em meio a tantos amigos queridos e pessoas que eu tanto respeito e admiro. Ao Presidente Gilberto Kassab, ao Secretário Geral do PSD Alexandre Silveira, o meu muito obrigado…
(complemento espontâneo a critério de Rodrigo)
Pandemia:
Se por um lado eu tenho a alegria de estar aqui neste momento, por outro não posso deixar de me entristecer pelo saldo de mais de 600 mil brasileiros que foram tirados de nós por essa terrível pandemia, que não poupou o nosso querido Brasil. Eu expresso aqui o meu respeito a todos os profissionais da saúde, a todos que lutaram e seguem lutando bravamente pra tratar e salvar vidas. E a todos que perderam amigos próximos, a todas as famílias que perderam seus entes queridos, a minha solidariedade e as minhas orações.
PSD
O PSD que me acolhe hoje, mais do que um partido maduro e um ator importante da cena politica brasileira, é um partido comprometido com o Brasil, com uma clara visão de futuro e um projeto sólido para o nosso país. É um partido que tem em seus quadros, por todo o território nacional, pessoas experientes, preparadas e capazes de levar esse projeto adiante. O PSD está presente no Congresso Nacional, onde tem um papel fundamental na condução de assuntos importantes na vida de todos nós, está presente nos estados e nos municípios, e, em todos esses lugares, faz política de forma responsável, democrática e no interesse maior dos brasileiros. É a este partido e é a esse projeto que a partir de agora eu também me integro.
Brasil hoje:
Nós hoje vivemos um momento de enorme preocupação quanto ao futuro da nossa nação e da nossa gente. Não há dúvida que estamos atravessando um dos momentos mais difíceis de toda a nossa história.
Nós temos desafios enormes pela frente, que precisam ser enfrentados e solucionados. Desafios sociais e no mercado de trabalho, desafios na área ambiental, desafios na saúde, na educação, desafios na produção de energia, e agora também o desafio da fome, um flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros, e isso num país tão rico como o nosso.
O cidadão sente no seu dia-a-dia os efeitos de uma economia que não deslancha, pena com o aumento dos preços dos alimentos, do combustível, do gás de cozinha. Sofre com a falta de emprego e oportunidades de trabalho, e por fim deixa de acreditar no seu próprio futuro.
Este não é o Brasil que nós desejamos. O Brasil precisa dar o exemplo no cumprimento dos compromissos firmados, no respeito aos contratos, no respeito às leis. Devemos buscar na gestão pública a prevalência do bom senso, do equilíbrio, do justo e do correto. Estes são valores e atitudes dos quais nós não podemos abrir mão.
É nessa hora que nós, representantes eleitos pelo povo, devemos nos superar. Assumir com ainda mais energia e empenho as nossas responsabilidades e buscar as respostas tão necessárias e urgentes para que a população brasileira volte a acreditar em si mesma e no seu país.
Exemplos e inspirações:
Nessa hora, eu me lembro de duas grandes inspirações, conterrâneos meus de coração, e que para mim sempre foram fontes de sabedoria e estímulo: Juscelino e Tancredo.
Juscelino por seu olhar visionário, alguém que sempre sonhou um Brasil progressista, produtivo, próspero, moderno e orgulhoso. E que fez tanto na busca desse sonho. Nos deu até mesmo uma nova capital, Brasília, uma capital nascida da sua coragem, do seu entusiasmo e da sua perseverança.
E Tancredo, alguém capaz de promover sempre a conciliação, capaz de dialogar com quem quer que fosse, de buscar o bom senso e o equilibrio, para chegar às melhores decisões, as mais justas e as mais harmônicas.
Hoje, aqui neste espaço que reverencia a memória e a lembrança de Juscelino Kubitsheck, eu quero não apenas declarar a minha filiação ao PSD. Quero também renovar o meu compromisso, como Senador da República, com todos os brasileiros.
Daqui pra frente:
Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum.
A gravidade do momento que assola nosso país nos impõe uma tomada de decisão. Decisão esta que não é contra quem quer que seja , mas a favor do Brasil e dos Brasileiros. O caminho para solucionar as várias crises que estamos enfrentando é a união. Quando falamos em unirmos o país é porque chegamos ao limite dos extremos. A boa política decorre de um trabalho conjunto dos agentes do poder, dos representantes do povo. A política, na sua melhor acepção, é a busca do bem comum. A boa política transforma a vida das pessoas. E como se faz a boa política? Como buscamos o bem comum? Precisamos tratar as pessoas com dignidade, garantir o bem estar social. Precisamos, urgentemente, retirar milhares de brasileiros da miséria absoluta em que vivem. Não podemos tolerar que o nosso país, com a base agrícola, repleto de heróis do campo, tenha um cidadão sequer passando fome.
Portanto, já passou da hora de voltar ao diálogo, de retomar o equilíbrio, o desenvolvimento e a paz. Somente através da união de esforços dos agentes públicos é que poderemos fazer respeitar a Constituição, garantindo dignidade, trabalho, moradia, segurança, saúde e educação para a nossa população.
Como o próprio Juscelino disse um dia: “Queremos, em uma palavra, a paz da justiça, a paz da liberdade, a paz do desenvolvimento’’.
Da minha parte eu quero, com trabalho e muita humildade, contribuir para que o Brasil recupere a sua auto-estima e a sua força, recupere a sua paz, que a gente volte a crescer, a sorrir e a ter esperança. Para ser o país que todos nós merecemos.
No próximo ano vamos celebrar 200 anos de independência. Nenhuma outra data poderia ser mais perfeita para que, de coração aberto e espírito desarmado, a gente olhe nos olhos uns dos outros e reflita sobre qual e como é o país que nós enfim queremos.
Eu tenho absoluta convicção de que o Brasil, e especialmente nós que estamos na vida pública e ocupamos espaços de poder, não temos o direito de desistir de sonhar.
Agradecimento final:
Muito obrigado a todos.
(complemento espontâneo a critério de Rodrigo Pacheco)