Em Morro do Chapéu, ex-prefeito de Salvador disse ainda que ‘está na hora de a Bahia dar início a um novo ciclo’
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (Democratas/ União Brasil) afirmou que é preciso tirar o governo da capital e levar para o interior, para cada região da Bahia. Em entrevista em Morro do Chapéu, onde realiza nova edição do movimento Pela Bahia, ele também disse que “está na hora de a Bahia dar início a um novo ciclo”. A agenda na região ocorreu nestas quinta (21) e sexta-feira (23) e incluiu ainda visitas a Ibicaraí, Miguel Calmon e Piritiba.
“Nós precisamos de um estado com equilíbrio entre as regiões, de uma visão que dentro da Bahia existem várias ‘Bahias’. Cada região tem a sua característica, a sua peculiaridade, a sua vocação e o seu potencial, mas hoje não há essa estratégia que compreenda o que cada região pode oferecer e que projete o futuro da Bahia a partir do crescimento de cada região. Uma visão muito mais equilibrada, muito mais justa, uma descentralização dos investimentos. É preciso tirar o governo de Salvador e levar para o interior, para cada região”, disse.
“Eu fiz isso como prefeito de Salvador. Até eu chegar, a Prefeitura estava ali no centro da cidade e não havia um olhar, uma atenção, um cuidado com a periferia, com os bairros mais distantes. Eu mudei essa lógica, levando a Prefeitura para os bairros, para as ruas. A gente precisa levar o governo para o interior para os municípios”, complementou Neto, que em Morro do Chapéu foi recebido pela prefeita Juliana Araújo (PL).
O ex-prefeito da capital diz que seu cartão de visitas é o trabalho realizado em Salvador e sua experiência adquirida ao longo de mais de 20 anos de vida pública. Questionado pela imprensa sobre educação e segurança pública, Neto reforçou que é preciso dar “prioridade absoluta a estas duas áreas”. O estado é líder do ranking de homicídios no país e está entre os piores índices de educação, principalmente no ensino médio.
“Está na hora de a Bahia dar início a um novo ciclo, a um novo momento, para trazer ideias novas, criatividade, vontade de trabalho. Em Salvador, eu dizia que não me contentaria com nada menos do que ser o melhor prefeito do Brasil, e conseguimos essa avaliação durante os oito anos do nosso mandato. Saímos com mais de 80% de aprovação da população de Salvador. Olhando para o futuro da Bahia, o meu objetivo e desejo é ter o melhor governo deste país, e é óbvio que, para ter o melhor governo, educação e segurança pública terão que ser absolutas prioridades”, ressaltou.
“Não é razoável que a Bahia tenha a pior educação do país em termos de qualidade do ensino médio da rede estadual. Estamos em primeiro lugar em violência, em homicídios, em criminalidade. Enquanto de 2020 para 2021 o Brasil inteiro reduziu o número de homicídios, na Bahia cresceu. Eu quero que na Bahia, olhando para o futuro, a gente seja o primeiro em educação e o último em violência. Diferente do que é hoje”, acrescentou.
Ele também comentou sobre a fusão entre Democratas e PSL, dando origem ao União Brasil. “Eu acho que deixa a política brasileira mais fortalecida, porque é muito importante a gente olha para o futuro, pensar numa redução do número de partidos. A democracia hoje se enfraquece com tantos partidos, o fisiologismo, a troca de interesses acaba falando mais alto. Então, eu não tenho dúvida que é bom para o Brasil, para a política brasileira e é claro também para o nosso projeto aqui na Bahia”, disse.