O impacto do aquecimento global será cada vez mais sentido nas próximas décadas. Para demonstrar isso de maneira prática, pesquisadores do Climate Central resolveram simular o impacto prático dessas mudanças sobre os cartões postais do mundo. Mesmo que, segundo o Acordo de Paris, o aquecimento global seja limitado em até 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, os níveis dos mares continuarão a subir.
A simulação mostra como estarão diversos locais em 2050 caso a temperatura média global tenha atingido um patamar 3 °C acima do atual. Os resultados são devastadores. Boa parte desses monumentos, cidades e pontos turísticos – inclusive no Brasil – estarão debaixo da água.
O pior cenário, segundo as projeções de risco, seria na Ásia. Cerca de metade das populações de Bangladesh e do Vietnã sofreriam com a subida dos mares a longo prazo, por mais que o aquecimento global possa chegar a até 2 °C. China, Índia e Indonésia também enfrentariam o mesmo problema de inundação. As principais projeções vão até o final deste século, variando cerca de meio metro a quase o dobro disto.
Se o planeta atingir 3 ºC, a Climate Central relata que cerca de 43 milhões de pessoas na China viverão em terras projetadas para estar abaixo do nível da maré alta em 2100, com 200 milhões de pessoas vivendo em áreas com risco de aumento do nível do mar a longo prazo.
De acordo com o relatório do Climate Central, cerca de 385 milhões de pessoas vivem atualmente em terras que serão inundadas pela maré alta, mesmo se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas.