Senadores que apoiam Davi Alcolumbre (DEM-AP) revelaram à coluna da jornalista Mônica Bergamo que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pode adiar o agendamento da sabatina de André Mendonça para o STF (Supremo Tribunal Federal) por mais dois meses.
Com o atraso, o Congresso entraria em recesso antes do prazo terminar, o que acabaria impedindo que o ex-Advogado-Geral da União possa ser aprovado ainda este ano.
Para complicar ainda mais a situação de Mendonça e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que o indicou para a vaga do ex-ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, 2022 é ano eleitoral, e a baixa aceitação de Bolsonaro nas pesquisas pode atrapalhar sua relação com os congressistas.
Nesta quarta (13), Alcolumbre disse em nota que tem “sofrido agressões de toda ordem” por até o momento não ter agendado a sabatina de Mendonça.
“Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”, reforçou ele.
Na nota, Alcolumbre afirmou que jamais condicionou ou subordinou seu mandato a troca de favores políticos com quem quer que seja. Segundo ele, a Constituição estabelece que a nomeação para ministro do Supremo não é um “ato unilateral e impositivo” do presidente da República, mas um ato complexo, com a “participação efetiva e necessária” do Senado.