O discurso fake de combate à velha política, que propagou em 2018 após quase três décadas enriquecendo na Câmara Federal, deve definitivamente ficar fora das bravatas eleitorais que Jair Bolsonaro ensaia para tentar a reeleição em 2022.
Após passar o comando de fato do governo para Ciro Nogueira, presidente do PP alçado à Casa Civil, Bolsonaro deve voltar aos braços do partido pelo qual foi filiado por 11 anos depois de não conseguir viabilizar a própria sigla e ser rejeitado por pelo menos outras três legendas – PRTB, DEM e Patriota.
Em 2022, quando deve protagonizar uma disputa direta contra o ex-presidente Lula, Bolsonaro terá de vestir a camisa de “candidato do Centrão”, principal base fisiológica do Congresso, em uma federação que deve unir o PP ao PL.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (13), PP e PL cogitam formar uma federação – nova roupagem para a coligação, que deve se estender após o resultado das eleições – para “robustecer a bancada no Congresso e fortalecer a sigla para reeleger o presidente”.