Os Estados Unidos da América (EUA) dizem estar “muito preocupados” com o que classificam como “ações provocatórias” da China em relação a Taiwan, depois de, nos últimos dias, quase cem aviões militares chineses terem entrado no espaço aéreo da ilha.
A posição norte-americana foi reforçada, esta segunda-feira, pela Casa Branca.
“Exortamos Pequim a que cesse a pressão e coerção militar, diplomática e económica contra Taiwan. Temos um interesse permanente na paz e estabilidade em todo o Estreito. É por isso que vamos continuar a ajudar Taiwan a manter uma capacidade suficiente de autodefesa”, afirmou a porta-voz, Jen Psaki.
No Twitter, o ministério taiwanês dos Negócios Estrangeiros congratulou-se com o “apoio sólido” de Washington.
Só esta segunda-feira, estiveram na Zona de Identificação da Defesa Aérea (ADIZ) da região 56 aeronaves de guerra enviadas por Pequim. Um número recorde que tem vindo a aumentar desde sexta-feira, data em que a China decidiu assinalar o Dia Nacional com uma operação aérea musculada sobre Taiwan.
A região, de regime democrático, considera-se como um estado independente, no entanto, o governo chinês vê a ilha como parte do próprio território, tendo por diversas vezes ameaçado tomá-la pela força.
Pequim já reagiu às acusações e justifica a operação militar dos últimos dias; em comunicado, acusa os EUA de planearem vender armas a Taiwan no valor de 750 milhões de dólares (mais de 645,7 milhões de euros), para onde alegadamente envia com frequência aviões e navios de guerra.
São as ações de Washington – afirma por sua vez o governo chinês – que estão “minar” a paz na região e as relações entre os dois países.