A Câmara Municipal de Salvador promoveu na segunda-feira (27), uma audiência pública para debater a retomada dos eventos na capital baiana. Promovida pela comissão especial para discutir e deliberar acerca da retomada dos eventos em Salvador, a atividade legislativa ocorreu de forma semipresencial a partir do Centro de Cultura da Câmara.
Conduzida pelo vereador Claudio Tinoco (DEM), presidente do colegiado especial, a audiência pública também teve a presença dos vereadores Daniel Alves (PSDB), Anderson Ninho (PDT), André Fraga (PV), Augusto Vasconcelos (PCdoB), Sílvio Humberto (PSB), Sandro Bahiense (Patriota) e Marta Rodrigues (PT).
Como encaminhamento, o vereador Claudio Tinoco afirmou que fará uma próxima audiência pública no mês de outubro para discutir a realização de festas populares, como o Carnaval, e as propostas de passaportes de vacinação.
Compuseram a mesa o presidente da Empresa Salvador Turismo, Isaac Edington; o vice-presidente Nacional da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Clínio Bastos; o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape), Moacyr Villas Boas; o subsecretário municipal de Saúde, Décio Martins; e a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Mila Paes.
O presidente da Saltur, Isaac Edington, destacou que a Prefeitura de Salvador agiu “de forma responsável” ao lado de entidades dos setores econômicos, construindo conjuntamente os protocolos para retorno das atividades.
“A grande questão são as perspectivas para o futuro, tendo em vista a importância do setor direta e indiretamente para a economia da cidade. Sobre o comum questionamento acerca da viabilidade do Carnaval, o desejo é que tenha a realização da festa, claro que a depender das condições sanitárias, mas vemos o cenário com otimismo. A realização da festa seria acompanhada de uma série de medidas sanitárias que reforcem a segurança”, disse Isaac.
Cenário
O subsecretário municipal de Saúde, Décio Martins, destacou a importância do esquema vacinal completo na batalha contra o coronavírus. “Tudo depende do cenário epidemiológico do momento. No presente momento, ele tem se mantido estável e tem sido positivo, com controle. Nós torcemos para que esse cenário continue, e até que haja um arrefecimento maior da pandemia”, disse.
O vice-presidente Nacional da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Clínio Bastos, destacou os números relacionados ao setor de eventos no Brasil. De acordo com a Abrape, o setor engloba 78 mil empresas, gerando 112 mil vagas de empregos formais e o pagamento de R$ 2,97 bilhões pagos em salários. “Temos um momento propício para planejar a nossa retomada”, previu.
O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape), Moacyr Vilas Boas, destacou que o setor de eventos é o mais prejudicado com a pandemia. “Os números já revelam a situação em que o setor se encontra. Infelizmente a gente está falando da realidade e se nós pararmos para pensar, essas empresas que fecharam durante a pandemia, muitas não vão conseguir voltar”, afirmou.
A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Mila Paes, destacou todo o processo e cuidado da Prefeitura de Salvador com o setor, ressaltando a importância do Programa de Retomada do Setor Cultural do Município do Salvador (Procultura Salvador), que é “um projeto pioneiro e inovador”, benéfico para o setor de eventos.