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domingo 19 de setembro de 2021 às 11:09h

Como um possível calote de R$ 1,5 trilhões pode abalar o mundo

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A empresa chinesa Evergrande tem feito investidores de todo o mundo arrancarem seus cabelos. Isto porque ela é a incorporadora com a maior dívida do mundo: US$ 300 bilhões — cerca de R$ 1,5 trilhão. Com parceiros como Allianz, Ashmore e BlackRock, a companhia divulgou na última semana que talvez não consiga liquidar suas pendências financeiras. E até mesmo o mercado brasileiro tem sido afetado por este cenário de instabilidade.

Na sexta (17), o Ibovespa chegou a operar abaixo de 112 mil pontos. Além do índice da bolsa brasileira, as ações da Vale registraram queda de cerca de 3% ao longo do dia. A mineradora é uma das fornecedoras de minério de ferro da Evergrande. Um dos motivadores foi a incerteza que ronda as dívidas da gigante do setor imobiliário chinês.

Na última quinta-feira (16), o preço das ações da empresa teve uma queda de 6,4%. Ao longo de 2021, a desvalorização chega próximo de 80%. No começo deste mês, a agência de classificação Fitch Ratings reduziu a nota da EVergrande de “CCC+” para “CC”. Segundo a avaliadora de risco, um calote parece provável.

Ainda que a Evergrande só tenha que realizar o pagamento de bônus de seus investidores no ano que vem, os sinais negativos da fragilidade da empresa já começaram a aparecer. Ao longo da última semana, foi suspensa a negociação de títulos de sua principal unidade.

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