A Secretaria de Política Econômica (SPE) afirmou, nesta quinta-feira (16), que a expectativa de alta da inflação passou de 6,2% para 8,4% em 2021. O indicador é regulado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O INPC também serve como base para a correção anual do salário mínimo. Se esse aumento não tiver mudanças, o reajuste do salário mínimo será maior em 2022.
De acordo com a Constituição, a remuneração deve ser corrigida, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior. Isso significa que, com a nova previsão, o valor subiria para R$ 1.192,40 no ano que vem. Em relação ao valor divulgado em agosto pela SPE, o acréscimo é de R$ 23,40.
A mudança afeta 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões são beneficiárias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O impacto, entretanto, também chega no governo federal, que precisa gastar mais, uma vez que os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do salário mínimo.
Conforme os cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo é gerada uma despesa de aproximadamente R$ 355 milhões, em 2021.