Uma nova escalada de conflitos na Faixa de Gaza deixou ao menos sete palestinos e um soldado de Israel mortos neste último domingo (11). Segundo o exército israelense, um outro militar se feriu. Fontes locais também informaram que, entre os mortos estão dois comandantes da ala militar do Hamas, grupo que controla Gaza.
Por causa do agravamento das tensões, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, adiantou a volta ao país – ele estava em Paris nas celebrações do 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial. As razões do confronto ainda não estão claras.
“Cinco palestinos foram mortos e outros sete foram feridos como resultado de um ataque das forças de ocupação de Israel contra um grupo zona leste de Khan Yunis”, informou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qedra, segundo a agência EFE.
O porta-voz do Ministério de Interior de Gaza, órgão controlado pelo Hamas, enviou uma breve nota aos jornalistas informando que ocorreu um confronto no qual “vários membros da resistência armada” morreram. As forças do Hamas colocaram o território em estado de alerta.
Tiros e perseguição
Uma fonte do Hamas disse que o conflito começou quando um grupo de homens armados do grupo palestino foi alvejado por um carro que passava. O veículo, diz a organização, pertencia às forças de segurança de Israel. A partir dali, começou uma perseguição.
Testemunhas disseram que, durante a perseguição, uma aeronave israelense atirou mais de 40 mísseis na área. Quatro teriam morrido ali. Israel não confirmou a versão.
O Ministério de Informação de Gaza, também nas mãos do Hamas, explicou que “uma força da resistência enfrentou uma tentativa de ataque das forças de ocupação em Khan Yunis. Esta tentativa matou e feriu uma quantidade indeterminada de palestinos membros da resistência armada e causou perdas à ocupação (Israel)”.
O serviço de emergência do Crescente Vermelho (instituição equivalente à Cruz Vermelha) acrescentou que os bombardeios israelenses contra alvos militares continuam e disse que recebeu três pessoas mortas.
O Exército de Israel confirmou ter feito uma operação na Faixa de Gaza com “troca de tiros” e, depois de rumores nas redes sociais, negou que um soldado seu tenha sido sequestrado, embora não tenha confirmado se sofreu baixas na ação.
Por enquanto, o governo de Israel não se manifestou sobre o caso, mas Avigdor Lieberman, ministro da Defesa, foi chamado de urgência para uma reunião com importantes comandantes na sede do Exército em Tel Aviv.