Durante manifestação na Av. Paulista, em São Paulo, que pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que não há como ser neutro diante de um governo negacionista. Na ocasião, ele cumprimentou o presidente do partido, por conduzido a sigla para a oposição.
O ato na tarde deste domingo (12) foi chamado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Vem Pra Rua e, além de Doria, tem participação de Ciro Gomes (PDT), do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), entre outros políticos e personalidades.
“Quero cumprimentar o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, por ter conseguido na executiva, votar e aprovar que o PSDB, a partir de agora, seja um partido de oposição, não mais um partido independente, neutro. Aliás, não há como ser neutro diante de um governo negacionista e incompetente como esse. O PSDB está cumprindo seu papel. Ficarão no PSDB aqueles que fizerem oposição a Jair Bolsonaro”, afirmou o governador de São Paulo.
Doria criticou o presidente conforme o portal Metrópoles e afirmou que o Brasil está isolado. “O presidente não tem organização, não tem planejamento, não tem ministério. É um governo confuso, retrógrado e, além de tudo, um governo autoritário. O Brasil hoje não agrega, não soma, está isolado internacionalmente. O Brasil perdeu os seus principais aliados, a China, a Argentina, Alemanha, Estados Unidos, agredindo as políticas públicas, ou melhor, os dirigentes públicos desses países. Ao mesmo tempo, é objeto chacota, tamanhas falhas, equívocos e as bobagens do presidente Jair Bolsonaro produz. Nós temos que resgatar um país que tenha seriedade e respeitabilidade internacional, coisa que perdemos”, declarou ele ao chegar no evento, por volta das 16h15 da tarde.
Já em relação ao processo de impeachment, Doria destacou que tudo deve seguir o caminho da democracia, mas acredita na derrota da Bolsonaro. “Nós temos que respeitar a Constituição. Com ou sem impeachment, caminhar pela democracia. Nós temos eleições diretas em 2022, pelas urnas eletrônicas. Se Bolsonaro não receber o impeachment, receberá o impedimento pelo voto em outubro de 22 e será derrotado”, completou.