O oitavo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), relativo a agosto deste ano, estimou a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas, na Bahia, em 10,46 milhões de toneladas em 2021, o que representa crescimento de 4,0% na comparação com a safra 2020 – que foi o melhor resultado da série histórica da pesquisa.
Em relação ao levantamento do mês anterior, o resultado apresentou uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.). O ajuste ocorreu nas estimativas para o milho e o feijão, cujas perdas foram ampliadas na comparação entre os levantamentos. Destaque positivo para a lavoura da soja, cuja produção deverá alcançar sua máxima histórica. Por outro lado, as demais lavouras dos principais grãos deverão ter níveis de produção inferiores aos de 2020, em razão de fatores climáticos assim como de mercado.
As áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,2 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 2,6% na comparação interanual. Dessa forma, a produtividade média estimada para a safra de grãos, no estado, foi de 3,27 t./ha, o que representa alta de 1,3% na mesma base de comparação.
A produção de algodão (caroço e pluma), em 2021, ficou projetada em torno de 1,27 milhão t., o que corresponde a uma queda de 14,0% na comparação anual. Em relação ao levantamento anterior, houve estabilidade na previsão de produção da fibra. A estimativa de área plantada (268 mil ha.) apresentou recuo de 14,9% em relação a 2020.
A soja, cuja colheita está concluída, teve sua estimativa mantida em 6,8 milhões t. – a maior da série histórica do levantamento –, o que corresponde a uma alta de 12,6% em relação a 2020. A área plantada com a oleaginosa somou 1,7 milhão ha., que supera em 4,9% a de 2020, e o rendimento médio esperado da lavoura ficou em 4,0 t./ha..
A expectativa para as duas safras anuais de milho totalizou 2,45 milhões t. em 2021, o que corresponde ainda a uma retração de 5,8% na comparação anual. Com relação à área plantada (670 mil ha), o IBGE indica uma expansão de 7,5% sobre 2020. A estimativa da 1ª safra do cereal ficou em 1,9 milhão t. (5,5% superior à de 2020) e a da 2ª safra (550 mil t.) teve recuo interanual de 31,3%.
Na atual temporada, a produção total de feijão deve somar 195,2 mil t., o que implica um recuo (-32,7%) em relação a 2020. O levantamento revela uma área plantada de 417 mil ha., cerca 1,7% inferior à verificada no ano passado. A 1ª safra (103 mil t.) teve queda de 24,2% em relação a 2020 e a 2ª safra apresentou variação negativa de 40,2% na mesma base de comparação.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima 5,4 milhões de t., alta de 5,8% em relação à safra anterior. A estimativa de cacau ficou projetada em 120 mil t., expansão de 1,7% na comparação com 2020.
A estimativa deste ano para o café ficou em 218,2 mil t., 11,3% abaixo da produção verificada no ano passado. A safra do tipo arábica ficou projetada em 92 mil t., variação negativa anual de 23,7%, e a da canéfora, em 126,2 mil t., correspondendo a um ligeiro aumento de 0,5%, na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (878,5 mil t.), laranja (634,3 mil t.) e uva (52,3 mil t.) registraram, respectivamente, variações positivas de 3,4%, 0,2% e 15,3%, em relação à safra anterior.
As projeções ainda indicam uma produção de 861,5 mil t.de mandioca, 10,5% inferior à de 2020. A batata-inglesa teve sua produção estimada em 387 mil toneladas. O tomate teve queda nas projeções de produção (-13,7%), que ficou estimada em 208,2 mil toneladas.
Algodão (caroço de algodão), amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.