O ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes foi preso nesta última quinta-feira (8) sob acusação de participação no esquema do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Ele foi denunciado no mês passado por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, além de e quebra de sigilo funcional, crimes cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012.
Ele é acusado de ter recebido ajuda financeira do ex-governador para sua campanha para assumir o comando do Ministério Público estadual e que passou a receber uma mesada após assumir o cargo.
Lopes também é acusado de ter antecipado ao ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes a deflagração de uma operação para apurar fraudes na pasta. Em razão disso, os policiais encontraram poucas provas durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
A gestão de Lopes foi marcada pelo arquivamento de uma série de procedimentos para investigar a gestão Cabral. Parte dos inquéritos tinha como objeto casos que depois seriam alvo de denúncias da Operação Lava Jato, conduzida pelo Ministério Público Federal.
Um dos exemplos é a contratação do escritório da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo por fornecedores do estado. O MPF apontou que a firma foi usada para receber e lavar propina para o emedebista.
A defesa do ex-procurador-geral afirmou que “tomará as medidas judiciais cabíveis assim que tiver acesso à decisão”.