O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já coleciona idas e vindas na formação e condução de seu governo antes mesmo de assumir. Ele enfrenta dificuldades para manter as fusões anunciadas em vários dos ministérios.
A última delas é admitir a possibilidade de governar com 18 ministérios, enquanto a proposta, antes mesmo do período eleitoral, era reduzir de 29 para 15.
VEJA OS PRINCIPAIS RECUOS:
Reduzir o número de ministérios para 15
Promessa feita antes mesmo do período eleitoral; nesta quarta (7), Bolsonaro admitiu que pode governar com 18 pastas.
Fusão dos ministérios do Meio Ambiente e Agricultura
A unificação das pastas era uma promessa de campanha do capitão reformado. Depois, ele se disse aberto às sugestões de setores do agronegócio que defendem a manutenção da separação. E agora declarou que “pelo que tudo indica”, permanecerão separados, e que a pasta ambiental será comandada por alguém que não seja “xiita” na defesa do ambiente.
CGU subordinada à Justiça
Bolsonaro admitiu a possibilidade de manter o status de ministério da CGU (Controladoria-Geral da União). Inicialmente, a equipe do capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz da Lava Jato, Sergio Moro. General Heleno ministro da Defesa
O general Augusto Heleno, que havia sido anunciado para o Ministério da Defesa desde a época de campanha por Bolsonaro, disse que vai assumir o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Transferência da embaixada para Jerusalém
Ele prometeu, logo depois de eleito, transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A ideia foi proposta na campanha eleitoral para acenar ao governo de Israel e ao eleitorado evangélico que se alinha a ele. Mas nesta semana voltou atrás e disse que a mudança “não está decidida”.
União do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio à Economia
Outro ponto que causa divergências inclusive na equipe que compõe seu núcleo duro é a união do MDIC (Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior) à Economia, pasta que será assumida por Paulo Guedes. Após pressão do setor industrial, Bolsonaro chegou a descartar a inclusão do Mdic no superministério. Mas voltou atrás, o que foi comemorado por Guedes.
Saída do Acordo de Paris
Em setembro, Bolsonaro havia aventado a hipótese de retirar o Brasil do tratado que busca reduzir as emissões de dióxido de carbono em escala global. Na reta final da campanha, recuou.