sábado 21 de setembro de 2024
Estudo mostra que o valor bruto da produção agropecuária pode aumentar em até R$ 47 bilhões - Foto: Mapa
Home / NEGÓCIOS / As startups do agro apostam em investimento coletivo para atrair investidores de varejo
quarta-feira 25 de agosto de 2021 às 12:40h

As startups do agro apostam em investimento coletivo para atrair investidores de varejo

NEGÓCIOS, NOTÍCIAS


Quem acompanhou os IPOs recentes de empresas do agronegócio, como a Boa Safra Sementes e, mais recentemente, a Raízen, percebeu que a participação dos investidores de varejo foi muito representativa. Há um interesse genuíno do mercado de capitais pelo agro, que vive um momento de pujança. E as startups do setor também perceberam esse interesse e vem explorando um modelo de captação que vem se popularizando: o equity crowdfunding.

Como o nome já indica, é uma versão do financiamento coletivo adotado por plataformas como o brasileiro Catarse e o americano Kickstarter. Nesses sites é comum encontrar projetos como filmes, livros, discos musicais e histórias em quadrinhos, além de gadgets eletrônicos e invenções variadas. No caso do equity crowdfunding, os investidores de varejo se unem para comprar cotas da empresa em troca de ações futuras.

O caso mais recente é o da LeveAgro, agtech que atua na compra e venda de fertilizantes. Com pouco mais de um ano de vida, a empresa quer captar R$ 10 milhões. Desse total, R$ 2,5 milhões foram oferecidos aos investidores de varejo via crowdfunding – e a campanha continua aberta. Outros R$ 7,5 milhões serão ofertados a investidores institucionais. Com os recursos, a startup quer acelerar seu crescimento e projeta faturar R$ 200 milhões nos próximos 12 meses. 

Mas a LeveAgro não é a única. Em junho foi a vez da Flowins, uma plataforma voltada para a cafeicultura que inclui soluções como a gestão de fazendas, análise de qualidade do grão e rastreabilidade, entre outras. A startup projetava captar R$ 500 mil em 30 dias na SMU Investimentos, mas conseguiu bater a meta em apenas quatro.

Antes, em março, a Pink Farms, que desenvolveu a maior fazenda vertical urbana da América Latina, também recorreu à mesma plataforma de equity crowdfunding. E conseguiu captar R$ 4,8 milhões, valor 20% acima da meta original. Com os recursos, a agtech vai aumentar a capacidade produtiva, expandir o time e investir em outras culturas, como cogumelos e morangos.

Mais do que os investimentos feitos na bolsa de valores, o equity crowdfunding oferece uma relação diferente, mais próxima, com a empresa. Além de democratizar os investimentos, permite um engajamento maior com a proposta de valor oferecida pela startup. No agro, em que às vezes clientes e investidores se misturam, a ferramenta encontrou um campo fértil.

Veja também

Apostas online levaram mais de 1,3 milhão de brasileiros ao endividamento, diz CNC

Mais de 1,3 milhão de brasileiros ficaram inadimplentes devido às apostas em cassinos on-line, revelou …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!