Com o que é chamada de ‘nova reforma trabalhista’ andando a passos largos, o governo Bolsonaro tem acenado aos sindicatos de trabalhadores — e até o passado ‘sindicalista’ de Onyx Lorenzoni pode ajudar na jogada.
Em reunião nesta última terça-feira (24) com o novo ministro do Trabalho, as principais centrais — UGT, CUT e Força Sindical — saíram com o que foi descrita como uma inédita boa impressão.
“Pela primeira vez, um ministro do Bolsonaro causa uma surpresa agradável”, afirmou Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores.
Apesar de defender a MP 1.045, aprovada na Câmara e ainda pendente de análise pelo Senado, Onyx foi procurado para amenizar o impacto da medida para os desempregados e informais do comércio — a maioria jovens. A implantação de projetos de qualificação profissional também esteve na pauta.
“Como o ministro foi sindicalista [Onyx fundou o Sindicato dos Veterinários no Rio Grande do Sul], pode funcionar”, diz Patah. “Ele pode não resolver os problemas, mas pelo menos dá para conversar.”
A medida provisória em tramitação é criticada, sobretudo, por flexibilizar as relações de trabalho e permitir contratações sem o pagamento de 13º salário, FGTS e férias.