O atentado sofrido na campanha e as frequentes ameaças levam o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, a encomendar à sua equipe um estudo para reforçar a segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro e sua família a partir da posse do novo presidente, em 1º de janeiro de 2019.
Etchegoyen não fala em números ou estratégias por questões de segurança, mas antecipou a ao jornal O Estado de S. Paulo, que montará um esquema muito mais “severo do que qualquer outro titular do Planalto já viu ou teve”.
A segurança de Bolsonaro após a posse será chefiada pelo general Luiz Fernando Estorilho Baganha. Ele assumirá o cargo no lugar do general Nilton Moreno, que hoje está à frente da montagem da estrutura de proteção ao presidente eleito.
Se estuda adotar no Brasil algumas das medidas usadas para proteger os presidentes norte-americanos, em que os cuidados com segurança chegam a níveis máximos.
As tradicionais entrevistas nas quais o presidente fica rodeado por repórteres, por exemplo, devem acabar. Os preparativos de viagens e contato com o público também serão repensados.
A equipe de Bolsonaro pretende, ainda, abandonar o tradicional desfile em carro aberto na cerimônia de posse. Em entrevista à Rede Vida, na quinta-feira, o presidente eleito afirmou que vai seguir “rigorosamente” as recomendações da área de inteligência na posse.