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domingo 1 de agosto de 2021 às 14:29h

Disputa de narrativa racial faz PT de Todas as Lutas lançar candidatura às eleições setoriais

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Militante histórico do Movimento Negro, um dos fundadores do MNU, o filósofo e ativista Raimundo Bujão vai disputar ao lado de Cristiano Lima, historiador e membro da Conen-BA, as eleições setoriais do Partido dos Trabalhadores. Indicados pela corrente interna PT de Todas as Lutas, eles irão concorrer às Secretarias Nacional e Estadual de Combate ao Racismo do PT.

Renovar as Secretarias e Coordenações Setoriais é uma das etapas dos Encontros Setoriais do PT, que acontecem no segundo semestre de 2021, e têm como objetivo organizar os diferentes espaços de atuação do partido, debater a relação com os militantes e os movimentos sociais e a inovação da ação partidária.

“É a partir desses encontros que os coletivos se reúnem, debatem e constroem políticas para cada uma das secretarias e setoriais do PT, que vão desde mulheres, juventude e LGBTQIA +, passando pelo agrário, comunitário, educação, saúde, meio ambiente, pessoas idosas, pessoas com deficiência, cultura, sindical, direitos humanos, transporte e moradia”, explica a secretária de Mobilização do PT-BA, Jeane dos Anjos.

No período eleitoral, complementa Jeane, esses secretários e secretárias setoriais assumem o papel de porta-voz da opinião coletiva para elaboração de políticas públicas do PT.

Mais do que uma disputa paroquial, encara Raimundo Bujão, este é o momento de se pensar o lugar de trabalhadores negros e negras na formação e no fortalecimento do PT, e mudar a regra de sucessão nos setoriais de combate ao racismo, invariavelmente dirigidos por “sudestinos”, para usar um termo da moda.

“Quem sustenta o PT do ponto de vista eleitoral, na sua grande maioria, são os trabalhadores negros, tanto os que moram no Nordeste quanto os que migraram para o Sul e Sudeste a fim de trabalhar”, diz.

Cristiano Lima acredita que o histórico de lutas e movimentos sociais, bem como o capital intelectual acumulado por ele e o companheiro, podem fazer a diferença num momento de disputa e encruzilhada para o país, com sucessivas perdas de direitos e ameaças à democracia, aos pobres, negros e negras, indígenas, mulheres e lgbts.

“O nosso grande desafio é fazer do PT um partido ainda mais de massa e de todas as lutas. Assim como é estratégico e essencial que o partido retorne ao diálogo com as direções e organização dos movimentos sociais porque só assim conseguiremos derrotar o fascismo. Bolsonaro representa uma ponta do iceberg de toda uma parte da sociedade racista, homofóbica e machista”, diz.

Para a secretária de Mobilização do PT-BA, Jeane dos Anjos, não é possível abrir mão de “participar e construir” o setorial de Combate ao Racismo. “O fim da discriminação racial, o racismo estrutural e a desigualdade social são alguns dos pontos mais importantes que temos a serem debatidos. Nada sobre nós sem nós”.

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