Vinte parlamentares tentam abortar nesta sexta-feira, 16, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do voto auditável. O objetivo é apreciar o parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), e derrubá-lo antes do recesso, que começa amanhã. Pretende-se, ainda, substituir Barros por alguém que não apoia o texto. A ofensiva é liderada pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que conseguiu aprovar na madrugada de hoje uma autoconvocação do colegiado sem o consentimento do comando bolsonarista.
Participam da linha de frente contra a PEC integrantes do PT, PSDB, PDT, Solidariedade, PCdoB, PV, Republicanos, Psol, DEM, PSD e até o Patriota. Conforme noticiou a Revista Oeste, o presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), articulava-se com a finalidade de adiar para agosto a análise da medida. Os bolsonaristas tentarão ainda hoje barrar o avanço da oposição no colegiado, às 15h. A PEC perdeu maioria na comissão depois de ministros do Supremo Tribunal Federal entrarem em campo para sepultá-la.
O caso
Com placar desfavorável na comissão, líderes bolsonaristas tentaram aprovar um requerimento de modo a proibir a realização de sessões de comissões especiais entre 16 e 20 de julho. A proposta foi apresentada pelo deputado Cacá Leão (PP-BA). Houve registro de 255 votos, mas era necessário quórum de 257 para validar a votação. Foram 207 votos a favor do requerimento, 43 contra, 4 abstenções e outros 83 deputados obstruindo a votação.