As frequentes ameaças do presidente sobre a realização das eleições de 2022 são vistas por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segundo a coluna de Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo, como bravata e jogo para sua plateia.
Os magistrados da corte eleitoral também afirmaram conforme a coluna, que as ofensas dirigidas ao presidente da corte eleitoral, Luís Roberto Barroso, só serviram para fortalecê-lo e mostrar que Bolsonaro está “descontrolado”.
A avaliação de ministros do TSE é que não há espaços para retrocessos ou rompimento institucional. As falas de Bolsonaro são interpretadas no tribunal como “desespero” diante da diminuição das chances da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso prosperarem na Câmara dos Deputados e de sua queda nas pesquisas.
Sobre Barroso, Bolsonaro conseguiu despertar a solidariedade em torno do presidente do TSE. Para todos os magistrados da corte eleitoral, as acusações fortalecem Barroso por serem muito “levianas e personalistas”.
O presidente da República mira Barroso por suas falas a favor da urna eletrônica, mas poupa outros magistrados que atuam em defesa da mesma iniciativa, como o ministro Alexandre de Moraes. Foi Moraes quem articulou a mobilização de 11 partidos, entre eles aliados de Bolsonaro, contra o voto impresso. Ele será o presidente do TSE durante as eleições de 2022.