A afirmação de Jair Bolsonaro de que apresentará as provas que diz ter sobre fraudes nas eleições de 2018 “se eu quiser” foi recebida segundo a coluna de Mônica Bergamo da Folha, como mais uma bravata do presidente da República por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No dia 21, o ministro Luís Felipe Salomão deu o prazo de 15 dias para que Bolsonaro mostre as provas que vive dizendo ter sobre irregularidades (ele chega a afirmar que venceu as eleições de 2018 no primeiro turno). Até agora, nada.
O prazo para que ele mostre algum tipo de evidência concreta do que diz vence no dia 6 de julho —mas como o tribunal entrará em recesso, o presidente poderá apresentar a confirmação do que afirma em agosto.
Os magistrados acreditam que Bolsonaro não desafiará o tribunal, ignorando o pedido de Salomão.
O procedimento foi instaurado para apurar a existência ou não de elementos concretos que possam ter comprometido as eleições de 2018 e 2020, atacadas pelo presidente e por autoridades bolsonaristas.
A inexistência das provas pode até resultar na inelegibilidade de quem estaria, então, propagando mentiras sobre o sistema eleitoral, que é um dos principais pilares da democracia.