O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi um dos diversos usuários do Twitter que reclamaram de uma perda significativa de seguidores na rede na última segunda-feira (14). De acordo com o parlamentar, cerca de 15 mil contas teriam deixado de segui-lo.
Conforme o Twitter, milhares de perfis considerados suspeitos de impulsionar conteúdo artificialmente na rede social foram desabilitados. Ao reclamar da ação realizada pela rede social, Eduardo Bolsonaro sugeriu que o governo federal edite um decreto para “acabar com esses abusos”.
“A liberdade de expressão, assim como o direito de ir e vir, são sagrados e no Brasil só podem ser suprimidos por decisão judicial, após um devido processo legal, garantido o direito a ampla defesa e contraditório. Redução de liberdade sem esses requisitos é censura!”, afirmou o deputado.
Perdi hoje cerca de 15.000 seguidores no Twitter repentinamente.
Sem qualquer explicação para seus clientes as Big Tech fazem o que querem e o temor é que em 2022 isso piore.
Gov. Federal precisa urgentemente publicar decreto e enviar MP ao Congresso p acabar com esses abusos.
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) June 14, 2021
Segundo o Twitter, os perfis suspeitos foram desativados temporariamente até que o usuário confirme detalhes como senha ou número de celular.
“Até que cumpram essa etapa de confirmação, as contas ficam temporariamente desabilitadas, com funcionalidades limitadas, e deixam de entrar no cálculo para contagem de seguidores”, diz o Twitter, em nota.
Os critérios para a desativação de perfis, conforme o Twitter, são atividades consideradas como “manipulação” pelos administradores da rede. Entre essas atividades estão gerar engajamento falso, “que tenta fazer com que contas ou conteúdo pareçam mais populares ou ativas do que de fato são”, e atividades coordenadas que tentam influenciar artificialmente as conversas. Contas que promovem “spam” com intuito comercial e disseminam notícias falsas também foram desativadas.
Além de Eduardo Bolsonaro, o ex-ministro Abraham Weintraub, o ex-assessor especial Filipe Martins e o ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência também reclamaram de ter perdido seguidores na rede social.