A auditoria de oito urnas que foram alvo de queixas de eleitores durante o primeiro turno, realizada nesta sexta-feira (19) no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná, durou cerca de 12 horas.
Técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Polícia Federal e peritos indicados por partidos e pela OAB, além de advogados e imprensa, acompanharam o procedimento, que verificou o desempenho de seis urnas do Paraná e duas de Santa Catarina.
Elas foram impugnadas após críticas de eleitores de Jair Bolsonaro (PSL), que afirmaram não ter conseguido votar para presidente.
Na votação paralela, que simulou a votação do primeiro turno em uma das urnas, os votos foram conferidos um a um, e não foram identificadas irregularidades ou defeitos no funcionamento da urna.
O problema relatado por alguns eleitores, que disseram que a votação para presidente era encerrada antes que apertassem o “confirma”, não aconteceu.
“O suposto inconveniente da urna, a princípio, está absolutamente afastado”, afirmou o juiz eleitoral Jean Leeck.
As outras cinco urnas passaram por uma rotina de fiscalização, com checagem de lacres, sistemas e arquivos.
Os peritos irão produzir laudos independentes, que serão entregues à Justiça Eleitoral.
“As respostas serão dadas tecnicamente”, afirmou o advogado Gustavo Kfouri, que representa o PSL no Paraná e fez o pedido da auditoria. Ele não quis adiantar conclusões sobre o procedimento, e preferiu esperar o laudo dos técnicos.
Para o corregedor da Justiça Eleitoral, Gilberto Ferreira, a auditoria pode fazer com que o eleitor vote com mais tranquilidade no segundo turno. “Os direitos do eleitor foram exercidos, e os deveres da instituição também”, disse.
A auditoria foi encerrada por volta das 20h30 de ontem.