O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, vai recorrer da decisão de Luís Roberto Barroso que nesta segunda-feira (14) anulou quebras de sigilo de dois ex-funcionários do Ministério da Saúde. Vieira foi o autor dos requerimentos da CPI da Covid questionados por Barroso.
Segundo o ministro, faltaram justificativas para afastar os sigilos telefônico e de dados de Camila Giaretta, ex-diretora de Ciência e Tecnologia do ministério, e Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Institucionais da pasta.
“Vamos apresentar esclarecimentos, através de agravo (recurso). Se necessário, faremos novos requerimentos”, afirmou Vieira ao colunista Guilherme Amado.
A CPI havia aprovado os dois requerimentos na quinta-feira. Nos documentos, Vieira argumentou que era necessário detalhar como Camila Giaretta “reagiu às constantes investidas do Palácio do Planalto e do alto escalão do Ministério da Saúde em relação ao uso da hidroxicloroquina e cloroquina, bem como as ocasiões em que as vacinas foram colocadas em dúvida por membros do governo federal”.
Quanto a Werneck, o senador embasou o pedido alegando que ele tinha a função de assessorar Eduardo Pazuello no “relacionamento com instituições públicas e privadas internacionais” durante a pandemia.