O vereador Claudio Tinoco (DEM) cobrou que o governo estadual e a Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) forneçam melhores esclarecimentos sobre a aplicação da vacina Sputnik V na população baiana. A Bahia receberá 300 mil doses do imunizante, que ainda não possui autorização definitiva. Tinoco cobra uma maior divulgação da liberação excepcional por parte da Anvisa.
Tinoco comentar que os diretores da agência liberaram a importação excepcional de lotes das vacinas que já haviam sido solicitados anteriormente para não “desperdiçar opções vacinais”, mas não garantem a qualidade, eficácia ou segurança da Sputnik com os dados apresentados até agora.
A Anvisa, apesar de garantir a aplicação das doses encomendadas previamente pelos estados, ainda não concedeu a autorização de uso emergencial do imunizante, que ainda está sob investigação do órgão e aguardando informações completas do laboratório, como diz Claudio Tinoco.
“As pessoas têm o direito de saber a real situação da vacina. Os governos estadual e federal devem divulgar de melhor forma para a população sobre essa situação excepcional. Os técnicos da Anvisa colocaram como condicionante para aprovar a importação, que o rótulo conste a informação de que a vacina não tem autorização ainda e que está sendo importada a pedido do governo, mas é necessário que, além do rótulo, isso também seja amplamente divulgado e esclarecido à população”, afirma Tinoco.
O vereador explica que a autorização da Anvisa apenas libera o uso dos lotes da Sputnik que foram solicitados anteriormente pelos estados. Para que novas doses entrem no território brasileiro, ou o uso emergencial será aprovado, ou a Agência poderá liberar após analisar os dados de monitoramento do uso para, então, avaliar os próximos quantitativos a serem importados.
Acompanhamento
“Queremos vacina para toda a população baiana, mas o Governo da Bahia já anunciou que irá aplicar as doses apenas em municípios de até 50 mil habitantes para conseguir fazer o acompanhamento das possíveis reações à vacina. É importante que essas 300 mil doses que a Bahia receberá sejam precedidas de avisos sobre a real situação da vacina na Anvisa, já que a agência ainda não garantiu a qualidade, eficácia ou segurança com os dados apresentados até agora”, defende Tinoco.
Ao todo, a Anvisa autorizou a importação de 928 mil doses da Sputnik V por seis estados. Além da Bahia, que receberá 32% delas, também serão contemplados os estados de Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí. Outra vacina que está na mesma situação é a indiana Covaxin, que será importada a pedido do Ministério da Saúde. A Anvisa autorizou excepcionalmente a importação de 4 milhões de doses que serão distribuídas pelo governo federal em todo o país, como explica o vereador Claudio Tinoco.