A jovem Rebeca Silva Oliveira, de 22 anos, moradora de Jaguaquara, continua a batalha na Justiça pra ter de volta a guarda de seu filho de apenas seis anos, que foi perdida após o compartilhamento de uma fake news. Ao site BNews, Rebeca explicou o que aconteceu: “Eu tinha um namorado que era carreteiro há mais de oito anos. Em dezembro fui em uma viagem com ele. O patrão mandou ele levar dois tratores. A gente foi, rodou a noite toda. A gente estava indo pra o Tocantins. Fomos abordados pela polícia em Minas Gerais, eles disseram que a carga era fria, que os tratores eram roubados. A gente foi levado até a delegacia. Nessa abordagem tiraram uma foto, que começou a circular aqui na Bahia”, relatou.
Rebeca relata que foi liberada, mas o maior dos problemas ainda estava por vir: “Eu fui, dei depoimento ao delegado, ele viu que eu não tinha nada a ver e não me deu voz de prisão. Meu ex-namorado ficou preso, acho que dois meses lá no presídio. Por causa disso a Justiça tomou meu filho de mim, pois o pai pegou essa foto, fez uma montagem, pegou uma matéria de outra pessoa dizendo que eu fui presa com 700 kg de entorpecentes. Quem vai preso com uma quantidade dessa de droga eu acho que não sairia mais nunca”.
“Eu tenho a reportagem falando do caso dos tratores, tenho meus antecedentes criminais. A Justiça tomou meu filho de mim sem sequer me ouvir, me deu prazo de 15 dias pra recorrer, e nessa história já tem seis meses”, salientou Roberta.
“Meu filho sofre muito sem mim porque a gente sempre se deu muito bem, sempre moramos nós dois dentro de casa. E eu estou correndo atrás, pagando advogado pra tentar ter meu filho de volta. Fiz festival de cachorro quente pra pagar R$ 5 mil ao advogado, paguei R$ 4.100 e falta R$ 900. Quem não deve não teme. Se eu devesse eu não estava botando minha cara, não estava correndo atrás. No dia que oficial de justiça veio buscar ele chorou, agarrou meu cabelo. Ele tem seis anos, mas já tem a opinião dele que quer morar comigo”.
Rebeca, disse ao BNews que morava em Jequié, mas por conta do processo de mudou para Jaguaquara, tem dificuldades para ver o filho, pois o pai resolveu deixar a cidade e morar em Ubaíra.