Ciro Gomes (PDT) saiu em defesa do voto impresso e afirmou que a associação do seu nome a Bolsonaro, que também apoia a modalidade, foi obra do “gabinete do ódio do PT”.
A declaração foi feita durante live do canal Porta dos Fundos na plataforma de streaming Twitch, na noite desta terça.
“O que defendemos é uma urna de quarta geração, ou seja, a urna eletrônica com uma urna acoplada, na qual vai aparecer um papel para o eleitor confirmar o voto dele computado. E o papel é picotado na hora, ninguém leva para casa”, afirmou Ciro.
Na última semana, conforme a coluna Radar, o presidente do PDT de Ciro, Carlos Lupi, divulgou um vídeo nas redes sociais defendendo a medida, o que causou polêmica entre eleitores dos campos mais progressistas.
Apesar da tentativa de se descolar de Bolsonaro, a modalidade descrita por Ciro é a mesma defendida por aliados do presidente e que atualmente tramita na Câmara.
Uma comissão especial analisa uma PEC da também bolsonarista Bia Kicis para incluir o voto impresso na Constituição.
O TSE, no entanto, afirma que as urnas eletrônicas existentes possuem recursos que garantem a auditagem e o sigilo do voto, e já adiantou que, em 2022, o pleito não contará com cédulas impressas, o que custaria mais de 2 bilhões de reais aos cofres públicos.