Cobiçado pelo PSD de Gilberto Kassab para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador Geraldo Alckmin está segundo a coluna Radar da revista Veja em negociações avançadas para migrar do PSDB para o DEM, de olho na disputa pela sucessão de João Doria em 2022.
Uma figura importante do DEM que acompanha as tratativas disse na revista que hoje a sigla é a primeira opção do tucano, e que o anúncio deverá ser feito em breve, caso a investida se confirme.
Se a filiação de Alckmin realmente vingar, será o troco de ACM Neto, presidente nacional do Democratas, à saída do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB de Doria, oficializada há duas semanas
Na ocasião, Neto foi às redes sociais atacar a “inabilidade política” do governador tucano, a quem atribuiu uma “inexplicável imposição” ao ex-correligionário.
Pelo PSDB, do qual foi um dos fundadores há mais de 30 anos, Alckmin concorreu ao Palácio do Planalto em 2018 (pela segunda vez) e obteve apenas 4,76% dos votos — o pior resultado de um candidato do partido à Presidência. Desde o fracasso nas urnas, acabou perdendo espaço dentro do partido para o grupo de Doria — que sonha com a cadeira de Jair Bolsonaro.
Em São Paulo, ele foi eleito vice de Mario Covas em 1994 e 1998, e governador em 2002, 2010 e 2014, tendo sido derrotado por Lula em 2006. Também disputou duas vezes a prefeitura da capital paulista, em 2000 e 2008, mas ficou no primeiro turno em ambas.