O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), defende a imediata inclusão dos profissionais de imprensa como grupo prioritários para a imunização contra a Covid-19. Inclusive, ele já determinou a inclusão na Ordem do Dia da sessão ordinária de hoje (26) de projetos de indicação ao Executivo Municipal neste sentido. Um levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) revelou que a Covid-19 mata um jornalista por dia no Brasil.
“É uma questão de justiça diante da função social da imprensa nesta questão da Covid-19. Desde o começo da pandemia, os profissionais de comunicação estão na linha de frente no combate à Covid-19. Arriscam suas vidas diariamente para trazer ao cidadão as preciosas informações acerca da pandemia”, frisou Geraldo Júnior.
Hoje (26) ocorre mais uma edição da “Quarta-Feira Azul”. Trata-se de uma campanha da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) pela imunização imediata da categoria. Iniciada no último dia 19, a campanha solicita que os profissionais de comunicação vistam azul às quartas-feiras como forma de reivindicar a imunização.
O presidente do SINJORBA, Moacy Neves, agradeceu a adesão de Geraldo Júnior. “O presidente do Legislativo Municipal de Salvador fortalece a nossa luta rumo à conquista da imunização imediata”, afirmou. Ele disse que Geraldo Júnior ficou assustado ao ter ciência do número de óbitos de jornalistas durante a pandemia.
No último dia 20 a Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) publicou no Diário Oficial da Bahia a decisão tomada na reunião do último dia 18, que inclui jornalistas de redação e assessorias, radialistas, fotojornalistas, cinegrafistas, radialistas e profissionais de blogs e portais informativos entre os grupos prioritários para a imunização.
Porém, os Ministérios Públicos Estadual e Federal oficiaram a CIB, recomendando que não aprovasse e as secretarias de saúde não executassem vacinação de grupos não previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO), alegando uma possível violação ao princípio de equidade. A luta do SINJORBA e da FENAJ é pela retirada dessa recomendação.