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quarta-feira 26 de maio de 2021 às 10:00h

ACM Neto rebate João Doria após declarações sobre o DEM e seu presidente nacional

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


Em entrevista ao podcast “A Malu tá On”, do jornal O Globo, João Doria (PSDB) declarou que o seu partido e o DEM permanecem aliados, e que ACM Neto passa por uma “situação momentânea de fragilidade”.

ACM Neto, que presidente nacionalmente a legenda, não gostou e encaminhou nota sobre as palavras de Doria.

“Um político que não consegue ir às ruas do estado que administra precisa ter, no mínimo, bom-senso antes de emitir qualquer opinião. A rejeição de Doria é tanta que o afastou completamente das ruas e das grandes lideranças da vida pública do Brasil”, afirmou o ex-prefeito de Salvador sobre a rejeição de João Doaria em São Paulo.

O governador de São Paulo é realmente um capítulo à parte conforme matéria na revista Veja. Não só por não ter conseguido ainda transformar em ativo eleitoral o êxito no fornecimento da vacina que atende a maioria dos brasileiros. Chama também atenção, e até surpreende, a rejeição ao nome de João Doria nas internas dos partidos envolvidos nas articulações.

Dirigentes de legendas afirmam com clareza que a ideia é isolar Doria de maneira que ele, se insistir na candidatura para presidente, tenha de caminhar sem apoio do grupo. Um deles diz o seguinte: “Ninguém quer o Doria, só ele não vê isso”. Outro o chama de “Bolsonaro envernizado”.

A conferir se a objeção resiste a um eventual crescimento do governador na preferência do eleitorado quando a campanha realmente começar, mas o quadro de hoje é adverso. A razão é resumida numa palavra (“estilo”) e detalhada em alguns adjetivos: desleal, obstinado em excesso, impositivo e açodado.

A resistência começa em casa. No PSDB, Doria não é tido como candidato natural, justamente para conter o ímpeto dele é que foram postos à mesa os nomes de Tasso Jereissati, Eduardo Leite e Arthur Virgílio Neto. Note-se, com a anuência da bancada federal e da maioria dos diretórios. Mesmo em São Paulo, não há unanimidade no apoio ao governador.

João Doria quer a realização de prévias para escolher o candidato em outubro próximo, abertas ao 1,1 milhão de filiados, sendo mais da metade de São Paulo. Seus adversários querem adiar e restringir o colégio com proporcionalidade e peso nos votos.

Isso será decidido nos próximos dias, mais exatamente em 31 de maio, quando, então, ficará exposta a força ou a fragilidade de Doria dentro do PSDB, com repercussão sobre o plano dos partidos empenhados na busca de um denominador comum para enfrentar Bolsonaro e quem vier do PT em 2022.

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