“Na minha opinião não teve surpresas nas eleições na Bahia”, disse o reeleito para ocupar uma vaga na Câmara Federal, Daniel Almeida (PCdoB-BA). Segundo ele, o estado é “especialista em quebrar os Institutos de Pesquisas em todas as eleições” e era esperado que a chapa do petista Rui Costa conseguisse eleger seus dois candidatos ao Senado Federal, como o fez.
No parlamento, mesmo com a tão discutida renovação que se alcançou com essas eleições, Almeida avalia que a Câmara continua com perfil conservador. “Talvez até mais conservador do que se está encerrando agora, do ponto de vista ideológico”, opinou.
Polarização
Para Daniel Almeida, independente do eleito no dia 28 de outubro em segundo turno para assumir a Presidência da República a partir de 2019, a polarização no Brasil entre direita e esquerda se manterá. “Isso não vai desaparecer de uma hora para outra, porque não começou agora”, disse o deputado, que avalia, no entanto, que o perfil do eleito afetará a relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.
“Se o Executivo for liderado por alguém com característica democrática, vai favorecer a pactuação do Congresso. Se não for isso, o Congresso, ao invés de ser um espaço da moderação, poderá ser um espaço do aprofundamento da crise institucional”, afirmou.
Por Levi Vasconcelos