O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, irão se reunir em Genebra, na Suíça, em 16 de junho, anunciaram a Casa Branca e o Kremlin simultaneamente nesta terça-feira (25).
Segundo Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, os dois governantes discutirão todas as questões “urgentes” sobre a mesa enquanto buscam “restaurar a previsibilidade e a estabilidade” da relação entre os dois países.
A reunião de Genebra será a primeira de alto nível entre líderes dos dois países desde que Putin e o ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021), se encontraram em Helsinque, em julho de 2018.
Em abril, durante uma conversa por telefone, Biden havia proposto a Putin para que se encontrassem em um país terceiro em um futuro próximo, ao que o Kremlin respondeu positivamente.
A conversa aconteceu em meio a uma escalada retórica entre ambas as partes, com o governo russo definindo os Estados unidos como “adversários” e alertando Washington contra o envio de navios para perto da Crimeia, região do Mar Negro cedida por Moscou à Ucrânia durante a era soviética e anexada pela Rússia em 2014. Confrontos entre separatistas pró-Moscou e militares ucranianos aumentaram nas últimas semanas e, segundo Kiev, ao menos 14.000 pessoas morreram em sete anos.
Na segunda-feira, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e seu homólogo russo, Nikolai Patrushev, reuniram-se justamente em Genebra e concordaram, como relatado pelos dois governos em declarações separadas, que a “normalização” das relações irá beneficiar tanto os países como a comunidade internacional.
Os dois lados expressaram então sua confiança na possibilidade de encontrar “soluções mutuamente aceitáveis” em várias áreas.
Na semana passada, os responsáveis pelas Relações Exteriores de ambas as nações, Antony Blinken e Sergey Lavrov, reuniram-se em Reykjavik, na Islândia, para aproximar posições e preparar a cúpula entre os presidentes.