O PSL recebeu 10,8 milhões de votos para deputado federal a mais nessas eleições que em 2014. Na última disputa para a Câmara dos Deputados, o partido do presidenciável Jair Bolsonaro teve apenas 808 mil votos. Já em 2018, foram 11,6 milhões, um crescimento de 1.341%.
O partido, considerado nanico até então, garantiu a segunda maior bancada, com 52 deputados. A legenda registrou a maior votação, mas acabou afetada pela regra de desempenho, que exige que o candidato tenha pelo menos 10% do quociente eleitoral para ser eleito. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram compilados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
O PSL teve votos suficientes para eleger 17 deputados em São Paulo, mas apenas 10 alcançaram 10% ou mais do quociente eleitoral. O mesmo aconteceu com o Novo, no Rio Grande do Sul, que teve votos para 2 deputados federais, mas ficou com apenas um no estado.
Já a maior bancada ficou com o PT, que recebeu 10,1 milhões de votos e elegeu 56 deputados. O partido do presidenciável Fernando Haddad teve 3,4 milhões de votos a menos que em 2014, uma queda de 25%.
O MDB foi o partido que mais perdeu votos para deputado federal em números absolutos. Em 2014, recebeu 10,7 milhões. Em 2018, o número caiu pela metade: para 5,3 milhões. Com isso, elegeu 34 deputados (ante os 66 da última eleição)
O PSDB aparece logo em seguida na redução dos votos. O partido perdeu quase metade dos 11 milhões recebidos em 2014, ficando com 5,9 milhões em 2018. A legenda conseguiu 29 integrantes da Câmara dos Deputados (contra 54 obtidos em 2014).
Por Felipe Grandin