Com a possibilidade de ter uma reunião com Lula nesta quinta-feira (6), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se adiantou e enviou um recado para Bolsonaro para se blindar. Segundo auxiliares de primeira ordem do presidente, o senador deixou claro que a agenda é “institucional” e que receberia o petista como “chefe de um poder”.
A interlocutores, Bolsonaro disse que “Pacheco vai se prejudicar” se realizar a reunião com o ex-presidente. Petistas afirmam que, na conversa, Lula pretende defender a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia e entregar a Pacheco uma proposta sobre o tema, para que o Congresso lidere a ideia.
Aliados de Bolsonaro afirmam que, hoje, o temor do presidente em relação a Pacheco não está vinculado à possibilidade dele se lançar para Presidência em 2022, mas sim a ações que ele possa tomar na cadeira de presidente do Senado que prejudiquem o governo federal e seus planos de reeleição ao Palácio do Planalto.
Depois de ser chamado de “ingrato” por Flávio Bolsonaro, Pacheco buscou reaproximação com o senador e seu pai. Como informou O Globo, na semana passada ele ligou para Flávio para convidá-lo para uma agenda no Rio, seu reduto eleitoral. Nas conversas, garantiu a Flávio e ao presidente que honrará os compromissos que assumiu quando foi eleito para o comando do Senado com o apoio do presidente.