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terça-feira 4 de maio de 2021 às 10:14h

Qual é a nova empresa chinesa que está de olho na Bahia

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São quase dez anos ensaiando a chegada ao Brasil. Já foi dito chegaria até 2015, depois que viria pelas mãos do grupo Caoa, foi considerada como uma possível compradora da fábrica da Ford em Camaçari na região metropolitana de Salvador, mas nada disso se concretizou para a chegada da chinesa Great Wall.

Mas agora a chegada da marca chinesa está mais próxima. Fontes ligadas ao negócio confirmam que a empresa “está analisando o mercado brasileiro visando a possível entrada no mercado nos próximos anos”. Além disso, a empresa já entrou em contato com autoridades brasileiras. O foco é em conseguir benefícios fiscais.

A empresa que é um grupo com quatro marcas sob seu chapéu já tem uma operação instalada na América do Sul que contempla a atuação em sete países atualmente: Equador, Peru, Bolívia, Uruguai, Chile, Paraguai e na Argentina.

Apesar de querer expandir seu mercado de carros elétricos, a Great Wall sabe que o Brasil é um mercado lucrativo, como tem se mostrado, para SUVs.

A Haval, inclusive, era a marca que os rumores diziam que viria ao País pelas mãos do Grupo Caoa, o que não se concretizou. O grupo fundado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade fechou negócio para a criação da Caoa Chery, com a estatal chinesa.

Haval Jolion - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

H6 e Jolion podem ser os primeiros

Dois modelos podem ser os responsáveis pela introdução da marca no País, o Haval H6 da terceira geração e o Jolion. São dois SUVs médios de cinco lugares, mas com medidas relativamente semelhantes e com interior parecido.

Por dentro, ambos apostam em um painel de instrumentos virtual de 7 polegadas e em uma central multimídia de 12,3″ e sensível ao toque. Há ainda head-up display, que projeta no para-brisa as informações do painel e seletor de marcha giratório, com era na primeira geração do Evoque.

Haval H6 - Divulgação - Divulgação
Haval H6 / Imagem: Divulgação

O H6 tem 4,65 metros de comprimento, 1,88 de largura, 1,72 m de altura e entre-eixos de 2,73 m. Como comparação, o entre-eixos é semelhante ao de Tiggo 8 (2,71 m) e Tiguan Allspace (2,79 m).

Ele tem uma versão com trem de força híbrido que mescla o motor 1.5 turbo de 150 cv a um elétrico de 170 cv que juntos rendem 243 cv e um torque total de 54 mkgf. A tração é apenas dianteira.

Além disso, pode vir com o 1.5 turbo a gasolina de 168 cv e 29 mkgf com tração dianteira ou o 2.0 turbo de 210 cv e 33,4 mkgf. Aqui o câmbio é sempre automatizado de duas embreagens e sete marchas trabalhando em óleo.

No Jolion, as medidas são de 4,47 m, 1,84 m, 1,61 m, respectivamente. O entre-eixos tem 2,70 m de comprimento. Com essas medidas, o Jolion, que significa “O Leão”, em chinês, brigaria com o Jeep Compass, VW Taos e Toyota Corolla Cross.

O conjunto mecânico é sempre o motor 1.5 turbo de 150 cv e 22,4 mkgf. A transmissão pode ser a manual de seis marchas ou uma automatizada de sete velocidades e dupla embreagem.

No site da companhia, os dois modelos são oferecidos com uma ampla gama de tecnologias, especialmente de segurança ativa e passiva. Isso inclui controle de velocidade adaptativo (ACC), frenagem autônoma de emergência, câmeras 360º e assistente de estacionamento, alertas de saída de faixa, de ponto cego e tráfego traseiro cruzado, entre outros.

Haval H6 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

As marcas do grupo Great Wall

Apesar do nome Great Wall já ter se tornado muito conhecido, a empresa não vende mais veículos com esse nome, mas com suas marcas: Haval, Wey, ORA e a GWM Pickups.

A Haval é focada em SUVs, a Wey produz SUVs de luxo para o mercado chinês, a GWM, picapes, e a Ora, carros elétricos. A última marca, inclusive, fez sucesso no Salão do Automóvel de Xangai deste ano com uma releitura elétrica e com quatro portas do Fusca, o Punk Cat.

A divisão de picapes tem diversos modelos com proporções diferentes. Uma delas inclusive se deu mal no teste do Global NCAP. A Steed 5 zerou a pontuação no crash test do instituto que realiza testes de segurança.

Criada para mercados que tem regulamentação mais frouxas, não traz freios ABS e nem airbags. A deformação da cabine na colisão a 64 km/h de frente fez o dummie (boneco que simula uma pessoa) bater a cabeça no volante, mesmo usando cinto de segurança.

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