O agora ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que sofreu processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, usou as redes sociais para se defender e apresentar a sua versão dos fatos.
Pelo Twitter, Witzel fez uma série de declarações atacando o processo e o relator do caso, Waldeck Carneiro (PT). O deputado se posicionou favoravelmente ao impedimento, citando em sua argumentação a delação premiada do ex-secretário de saúde do estado, Edmar Santos, que implica Witzel em casos de corrupção.
“Lamentavelmente o Relator Deputado Waldeck Carneiro, do PT, está usando exclusivamente a delação de Edmar Santos para fundamentar seu voto, absolutamente contrário a técnica jurídica sem compromisso com um julgamento justo”, escreveu o ex-governador, enquanto o deputado apresentava seu voto.
Em outro tweet, Witzel voltou à carga: “A vontade de consumar o golpe é tão grande, que o relator não teve o cuidado de fazer um voto em correlação com a denúncia. Não fui denunciado por omissão. Não conseguiu demonstrar que recebi qualquer vantagem indevida. Pura demagogia. Uma verdadeira aberração jurídica!”.
Após o oito deputados votarem acompanhando o relator, resultado que selou o destino de Witzel por compor a maioria na comissão especial, ele desabafou: “É revoltante o resultado do processo de impeachment! A norma processual e a técnica nunca estiveram presentes. Não fui submetido a um Tribunal de um Estado de Direito, mas sim a um Tribunal Inquisitório. Com direito a um carrasco nos moldes do estado islâmico, que não mostrou o rosto”.
Com a decisão, Claudio Castro, assume o cargo em definitivo. A posse deve ocorrer no próximo sábado, 01 de maio.