Na política, a conveniência e a hipocrisia imperam, inclusive sobre os que se dizem irredutíveis em questões de “princípios”. Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) hoje é só elogios ao colega relator Renan Calheiros (MDB-AL), mas o conceito já foi outro.
Em 2013, Renan voltou a disputar a presidência do Senado após renunciar para escapar de mais um escândalo de corrupção. Na ocasião, Randolfe disse que o “grande inimigo da República era o uso privado da coisa pública”. A informação é da coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Em 2019, Randolfe foi o grande defensor da proposta de voto aberto na eleição para presidente do Senado, para inviabilizar Renan Calheiros.
Renan incentivou Kátia Abreu a tirar Alcolumbre da cadeira de presidente aos gritos de: “tira ele daí”. Randolfe não titubeou: “É o fundo do poço”.
Atualmente, Randolfe defende Renan e debocha da Justiça. Chamou a decisão que o afastava da relatoria de “liminar cloroquina, sem eficácia”.
Renan renunciou à presidência após escândalo com denúncias de que uma empreiteira pagava pensão para uma filha tida fora do casamento.