“Os maiores bandidos do Brasil querem ser salvadores”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, apareceram na tarde desta terça-feira (27) para conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada. Segundo o Jornal de Brasília, ao citar governo do PT, o presidente afirmou que “Foram 14 anos de PT no Brasil. Agora vem os maiores bandidos do Brasil querem falar em fome.”

Ao falar sobre o futuro das crianças, Bolsonaro critica o modelo de educação de Paulo Freire, citando que “na época em que eu e o Guedes estávamos no colégio existia disciplina e hierarquia”.

Durante a conversa, Bolsonaro brinca com os apoiadores quando é chamado para tomar café com leite condensado: “Leite condensado? Isso daí já é suborno. Eu tenho 2 milhões de latas de leite condensado escondidas aqui”, disse entre risadas.

Pandemia

Desde março do ano passado, quando a pandemia atingiu o país, Bolsonaro defende o tratamento precoce, sem comprovação científica. “Se formos esperar comprovação científica… Respeitamos a medicina, mas é uma emergência.”

O presidente voltou a defender a vitamina D como tratamento contra a covid-19. ” Eu não errei em nada. Eu não tenho bola de cristal, eu converso com as pessoas.”

Após afirmar ter boas notícias, o presidente lamentou as mortes, mas disse que “infelizmente, temos que conviver com isso”. “A medida não é ficar em casa. Isso destrói empregos, leva pessoas a depressão, leva gente ao suicídio”, conclui Bolsonaro.

Também hoje o Senado instalou a CPI da Covid, que busca investigar os atos do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.

Economia

Com máscara e ao lado do presente, Guedes fez uma análise rápida sobre o PIB brasileiro, que caiu 4,1%. “Os países mais avançados tiveram quedas de PIB bem maior que o Brasil. A Inglaterra caiu mais de 9%, a Itália caiu mais de 8%. Além de termos caído menos que vários países mais avançados, nós conseguimos criar empregos formais.”

O ministro ainda voltou a afirmar que, para que o mercado e a economia voltem a funcionar, é necessário a vacinação em massa da população. “A primeira medida para isso é vacinação em massa, para podermos voltarmos ao trabalho.”

A conversa foi transmitida por um canal de apoiadores do presidente.