Em entrevista ao portal UOL na terça-feira (6), o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou eque o governo federal estuda ampliar o programa Bolsa Família e simplificar as regras de acesso ao benefício a partir do mês de agosto de 2021. Roma também comentou sobre os novos pagamentos do auxílio emergencial e a possibilidade de mais parcelas do benefício, caso a situação da pandemia se agrave no país.
“Para 2021, temos saldo para poder vislumbrar a ampliação do programa. Estamos levantando os dados para encontrar a equação mais sustentável. Estou interagindo com a área econômica para levantar fontes de recursos para 2022 e adiante. Há estudo aqui que visa simplificar regras de acesso, estruturas políticas do Bolsa Família e daí, com o orçamento devidamente apontando, cabendo no teto, podemos avançar nesse programa social”, explicou o ministro.
Roma que é ministro da Cidadania e o responsável por programas como auxílio emergencial e Bolsa Família. Ele disse que há sobra orçamentária porque os beneficiários do Bolsa Família serão contemplados pelos quatro pagamentos do auxílio emergencial. Para o ministro, esse gasto não será contabilizado no orçamento do programa – que fica, portanto, com uma “gordura” de quatro meses nas contas.
Ele também disse que o governo estuda a possibilidade do pagamento de mais parcelas do benefício emergencial, caso a situação da pandemia se agrave no país.
“Caso passado os quatro meses a situação perdure, e o Estado brasileiro e o Congresso Federal verifiquem que é crucial novas parcelas do auxilio emergencial, medidas como essa tem de ser novamente aprovadas pelo Congresso, com um novo limite de recursos para que o governo federal possa efetuar o pagamento de novas parcelas. No momento, o que temos em tela, são as quatro parcelas de R$ 250, com duas exceções, R$ 150 para famílias de uma pessoa só e R$ 375 para mulheres chefes de família”, explicou Roma.
Entretanto, o ministro disse ainda que o governo não pretende dar uma “embalagem nova” para o Bolsa Família, e reafirmou que ele não será renomeado, pois não está “tratando de nomenclaturas”.
“Vários temas têm sido abordados e há outros programas que buscamos formatar. É natural que ocorra demanda de marca, mas já ficou claro que o governo Bolsonaro não tem esse viés marqueteiro, mas sim [que tem] buscado estruturar certas ações de estado – como o Bolsa Família, que não é legado de governo ou partido, é uma conquista do povo brasileiro. (…) Mais do que embalagem nova, precisamos que esse recurso chegue na população brasileira”, disse.