A ex-Odebrecht, agora batizada de Novonor, iniciou conversa com possíveis compradores de sua fatia da Braskem. A venda da petroquímica renderia ao grupo mais ou menos R$ 13,2 bilhões, baseando-se no seu atual valor de mercado, de R$ 34,4 bilhões.
As ações PNA da Braskem subiram 6,1%, a R$ 44,73, na quarta-feira (7). A Odebrecht contratou a Morgan Stanley, em agosto de 2020, para assessorá-la na venda da participação de 38,3% no capital total da Braskem. A partir disso, a companhia conseguiu se desvincular de importantes empecilhos, como a questão de suprimento etano no México e o problema geológico em Alagoas.
A Petrobras, que possui 36,1% e é a segunda maior acionista, já declarou que pretende sair do negócio. De acordo com a Valor, a estatal tinha a intenção de vender seus papéis em bolsa. Joaquim Silva e Luna, está assumindo a liderança da companhia e ainda não se manifestou sobre o assunto.
A retomada da venda da petroquímica coincide em um bom momento para o setor, em esfera global. A pandemia da Covid-19, acompanhada de recentes intempéries, como a tempestade de neve no sul dos EUA e problemas de transportes que afetaram as trocas comerciais com a Ásia, levaram os níveis de spreads (margens) a um patamar histórico, inundando o caixa da companhia brasileira de recurso e potenciais compradores.
A expectativa é que até o fim do ano a empresa esteja próxima de uma definição, porém, ainda não há data estabelecida. Por ter que passar pelo órgão de defesa da concorrência no Brasil e em outras regiões, a previsão para o fechamento do negócio é incerta.
A Odebrecht disse, em nota, que está trabalhando seguindo o acordo firmado com seus credores. “Nesse contexto, o grupo vem dando continuidade ao processo de venda da Braskem, através do diálogo com potenciais interessados na aquisição de sua participação de 38,3% no capital total (50,1% do capital votante) da companhia”, informou.