Presidente da Indústria Brasileira de Gases, Newton de Oliveira disse a senadores conforme a coluna de Lauro Jardim, que recebeu comunicado do Ministério da Saúde avisando que o Exército “confiscaria” duas carretas de oxigênio da empresa no fim da tarde desta quinta-feira.
A declaração foi dada em audiência na comissão que acompanha o enfrentamento à Covid.
Disse o empresário:
— Fomos surpreendidos. Acabamos de receber comunicação do Ministério da Saúde, da Secretaria de Atenção Especial da Sala do Gabinete, em que estão dizendo que o Exército vai vir hoje aqui, às 18h, confiscar duas carretas nossas de oxigênio, e estão também querendo confiscar cilindros. Isso é um absurdo, porque nós vamos ter que deixar clientes sem produto, porque o cobertor é curto.
Presente na reunião, o assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes, respondeu que se trata de um possível engano:
— Estávamos apenas consultando as indústrias, para verificar qual seria a melhor opção de requisição desse material. Não é um confisco. É uma requisição prevista em lei. O Ministério da Saúde, na gestão atual, não fez, em momento algum, requisições arbitrárias.
Completou que “toda requisição que nós fizemos foi previamente discutida com o elemento que teria o material requisitado”.
— E o que se requisitou foi apenas excedentes e itens dialogados previamente. Então, se o senhor recebeu essa requisição, por favor, isso foi um equívoco administrativo e o senhor pode desconsiderá-la desde já — afirmou Fernandes.