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domingo 28 de fevereiro de 2021 às 17:02h

Rômulo Almeida é homenageado pelo governo da Bahia

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O governo do Estado está prestando uma justa homenagem ao político e economista baiano Rômulo Almeida, que faleceu em 1988 em Belo Horizonte.

O prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em Salvador.

A iniciativa, conforme apurou o #Acesse Política, partiu do vice-governador e secretário de Desenvolvimento da Bahia que consultou representantes da família de Rômulo. A data da solenidade de oficialização aguarda amenização da fase atual da pandemia no estado. A reportagem entrou em contato com o vice-governador, que confirmou.

Para Leão, está é mais que uma justa homenagem. “Rômulo Almeida foi um grande desenvolvimentista e contribuiu para o progresso da Bahia, tinha uma visão de futuro como ninguém, um homem da vanguarda com uma mente brilhante, Suas projeções foram significativas para o crescimento econômico do estado e do país. São inúmeras contribuições que ele nos deu, como exemplo posso citar a elaboração do projeto da Coelba, Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Banco do Nordeste, Petrobras, Eletrobras e Polo Petroquímico. Por tudo isso e muito mais, por admirá-lo, que julgamos justa a homenagem no prédio da sede da SDE”, afirmou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, João Leão (PP) ao #Acesse Política neste domingo (28).

Rômulo Barreto de Almeida nasceu em Salvador em 18 de agosto de 1914. Em 1933, bacharelou-se aos 19 anos pela Faculdade de Direito da Bahia mas logo passou a atuar na área de planejamento e desenvolvimento econômico.

Político e economista Rômulo Almeida no inicio da carreira

Em 1941 tornou-se diretor do Departamento de Geografia e Estatística do Acre. Entre 1942 e 1943 foi professor substituto da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas do Rio de Janeiro. Em 1946 atuou como assessor da Comissão de Investigação Econômica e Social da Assembleia Nacional Constituinte.[1]

Entre 1948 e 1949 participou de diversas subcomissões da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico, conhecida como Missão Abbink, que retomou a cooperação econômica iniciada pela Missão Cooke, enviada pelo presidente Franklin D. Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial. A nova comissão era liderada por John Abbink, pelo lado americano, e Otávio Gouveia de Bulhões, pelo brasileiro.[2] [3]

No início dos anos 1950, Rômulo Almeida atuou como economista da Confederação Nacional da Indústria e filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

No início do segundo governo Vargas, em 1951, integrou o Gabinete Civil da Presidência da República, tendo sido encarregado de organizar a Assessoria Econômica da Presidência da República.[4]

Ainda em 1951, tornou-se membro do conselho consultivo da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), função que exerceu até 1966.

A partir de 1953, tornou-se consultor econômico da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), autoridade monetária antecessora do Banco Central do Brasil; nesse mesmo ano, assumiu a presidência do Banco do Nordeste do Brasil, em que idealizou, concebeu e participou da sua implementação.[5][6] Após o suicídio de Vargas, em 1954, demitiu-se do cargo.

Em outubro de 1954 elegeu-se deputado federal pela Bahia, na legenda do PTB. Em abril de 1955, porém, deixou a Câmara para tornar-se Secretário da Fazenda da Bahia. Nesse mesmo ano, criou e presidiu a Comissão de Planejamento Econômico – CPE. Em 1957, criou e presidiu o Fundo de Desenvolvimento Agroindustrial da Bahia e foi nomeado vice-presidente da Rede Ferroviária Federal. Reassumiu seu mandato na Câmara em julho desse mesmo ano, exercendo-o até dezembro. No período de 1957 a 1959 reorganizou o Instituto de Economia e Finanças da Bahia e nesse último ano, já durante o governo de Juraci Magalhães, foi secretário para Assuntos do Nordeste em seu estado. Representou também a Bahia na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Posteriormente, nomeado secretário de Economia, elaborou o projeto da Companhia de Energia Elétrica da Bahia (Coelba).

Foi diretor da Companhia Ferro e Aço de Vitória e, em 1961, foi representante do Brasil junto à Comissão Internacional da Aliança para o Progresso, da qual se exoneraria em 1966.

Após o golpe militar de 1964, filiou-se ao MDB, pelo qual se tornou o primeiro presidente na Bahia. Concorreu ao Senado em 1978, mas foi derrotado por Lomanto Júnior, da Arena.

Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, vinculou-se à corrente trabalhista liderada por Leonel Brizola. Quando este perdeu a sigla do PTB para Ivete Vargas, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Candidatou-se a vice-governador na chapa de Roberto Santos, em 1982, mas foi derrotado.

Foi professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, do Curso de Planejamento do Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) e da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (Ebap-FGV).

Bahia celebra o centenário do economista Rômulo Almeida
Governo da Bahia homenageia do economista Rômulo Almeida

Foi diretor da Fundação Casa Popular, o primeiro órgão federal brasileiro na área de moradia, com a finalidade de centralizar a política de habitação. Foi também diretor da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, da Empreendimentos Bahia S.A. e da Elétrico-Siderúrgica Bahia S.A., além de presidir a Consultoria de Planejamento Clan S.A. Também foi membro do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Administração Municipal – Ibam.

Presidente de honra do PMDB baiano, em 1985, foi nomeado, no início do governo José Sarney, diretor de planejamento da área industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Notável ainda sua participação na idealização do Polo Petroquímico de Camaçari, do Porto e do Centro Industrial de Aratu, que hoje são as bases da indústria baiana e que levou o estado para a era da industrialização, bem como no planejamento e desenvolvimento de obras importantes para a Bahia, a exemplo da Chesf e a BR-116 (Rio-Bahia). Além de que, ter participado, nos anos 1950, da criação da Petrobras.

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